Filiado à

ALUNOS DA EE FERNANDO CORRÊA SÃO CLASSIFICADOS NA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA (OBA)

ALUNOS DA EE FERNANDO CORRÊA SÃO CLASSIFICADOS NA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA (OBA) 1

Sob a organização do professor Alan Francis e da coordenadora Tays Fonseca, com a colaboração dos professores de Ciências e Física, 11 estudantes da EE Fernando Corrêa foram classificados na OBA, onde concorreram com escolas privadas e institutos federais.

A OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica) é uma competição que tem por objetivos fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia e pela Astronáutica e ciências afins, promover a difusão dos conhecimentos básicos de uma forma lúdica e cooperativa, mobilizando alunos, professores, pais e escolas.

São medalhistas de ouro os estudantes Beatriz D. Francisco (9º B), David S. Rocha (9º A), Manassés G. S. Oliveira (7º A), Renata O. Souza (7º B), Samara V. M. Uehara (9º A); medalhistas de prata Ana Vitória R. Moreira (7º C), Antony G. S. Lima (9º B), Arthur C. S. Borges (6º E) e medalhistas de bronze Allan S. X. Barbosa (8º A) e Tayla Victória C. Dias (6º E) e Caio Alves B. de Souza (1º A).

Os estudantes medalhistas Beatriz Dias Francisco, Caio Alves Bragatto de Souza e David dos Santos Rocha agora entrarão para uma nova fase, tendo sido pré selecionados para a fase de treinamento on-line que ocorrerá em setembro, outubro e dezembro deste ano. Após o treinamento, os estudantes que obtiverem os melhores resultados, poderão compor as equipes brasileiras das Olimpíadas Internacionais de Astronomia de 2022, que inclui a XV International Olympiad of Astronomy and Astrophysics e a XIV Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica.

ALUNOS DA EE FERNANDO CORRÊA SÃO CLASSIFICADOS NA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA (OBA) 2

Destaque em outras olimpíadas

A EE Fernando Corrêa todos os anos se destaca em várias olimpíadas, inclusive, na Obmep tem medalhistas desde o ano de 2006 e recentemente foi selecionada para integrar o programa internacional Escolas 2030, tornando-se uma referência na educação integral e inovadora no país.

Para a diretora Sonia Barbosa, “é muito gratificante ver os resultados, pois a escola se dedica à qualidade do ensino e à formação integral dos estudantes, de forma que consigam essas importantes conquistas ao longo da sua trajetória escolar. Que venham os próximos desafios!”.

O SINTED parabeniza a escola Fernando Corrêa, em especial, os alunos e profissionais da educação envolvidos na competição, dando muito orgulho para a educação do nosso município. Parabéns!

“O Futuro do Brasil passa pela educação pública de qualidade”.

#EducaçãoPública #EducaçãodeQualidade

Confira mais fotos:

ALUNOS DA EE FERNANDO CORRÊA SÃO CLASSIFICADOS NA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA (OBA) 3
ALUNOS DA EE FERNANDO CORRÊA SÃO CLASSIFICADOS NA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA (OBA) 4
ALUNOS DA EE FERNANDO CORRÊA SÃO CLASSIFICADOS NA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA (OBA) 5
ALUNOS DA EE FERNANDO CORRÊA SÃO CLASSIFICADOS NA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA (OBA) 6

Piso dos professores: Câmara aprova recurso para votar reajuste em Plenário

Piso dos professores: Câmara aprova recurso para votar reajuste em Plenário 7

Inimigos da Educação: os deputados de MS, Loester Trutis e Luiz Ovando, ambos do PSL, votaram contra a Educação.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (17), por 225 votos, o recurso contra a apreciação conclusiva do Projeto de Lei 3776/08, do Poder Executivo, que reajusta o piso salarial nacional dos professores pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos 12 meses anteriores.

Dessa forma, o projeto deve ser analisado pelo plenário da Casa e não será submetido à sanção presidencial. A diferença de votos foi de apenas três a favor do recurso: foram 225 votos a favor e 222 contra.

Da bancada de Mato Grosso do Sul, Loester Trutis e Luiz Ovando, ambos do PSL, votaram contra a Educação, para acabar com o Piso do Magistério. Os outros deputados Beto Pereira (PSDB), Bia Cavassa (PSDB), Dagoberto Nogueira (PDT), Fábio Trad (PSD), Rose Modesto (PSDB) e Vander Loubet (PT) se manifestaram a favor da Educação.  

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação veio a público nas redes sociais pressionar deputados/as para que suspendessem a votação do recurso 108. “O piso do Magistério é a principal política de valorização dos professores e professores do ensino básico público. O recurso 108, colocado em votação nesta terça, sem nenhum debate, acaba com a perspectiva de valorização do Magistério “, assegurou a CNTE.

>> SAIBA QUEM VOTOU A FAVOR E CONTRA A REDUÇÃO DO PISO DO MAGISTÉRIO (Quem votou “NÃO” tentou acabar com o Piso do Magistério nesta terça. Quem votou “SIM” votou pela educação).

Entenda

O recurso foi liderado pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), que à época era deputada federal, e mais 57 deputados contra o parecer do relator da CFT na época, deputado José Guimarães (PT-CE).

O parecer conclusivo da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) é contra substitutivo do Senado, mantendo o parecer da Câmara aprovado em 2009 a favor do texto original.

>> Piso do Magistério: contra a desapensação, a urgência e o conteúdo do PL 2.075 / 2021

CNTE com informações de Campo Grande News.

REFORMA ADMINISTRATIVA: POLÍTICA NO FUNCIONALISMO!

REFORMA ADMINISTRATIVA: POLÍTICA NO FUNCIONALISMO! 8

Por: Petrônio Filho

Primeiro presidente eleito após o fim da ditadura militar, Fernando Collor de Melo teve como mote de sua campanha a “caça aos marajás”. Naquela época a imprensa e o povo em geral atacavam os altos escalões governamentais, com grandes salários, criados durante aquele regime. Collor utilizou-se disso para atacar o funcionalismo público, taxando todos de “marajás”, o que o elegeu. Na sua gestão, demitiu grande parte dos servidores federais, provocando mais ainda a precariedade no atendimento à população. A reação foi em cadeia: as empresas privadas, notadamente os bancos, também seguiram o presidente, desempregando milhões de brasileiros.  

A ideia do chamado “estado mínimo”, ou seja, com poucas atribuições dos governos junto à população, tem como objetivo priorizar a iniciativa privada, não se levando em conta as grandes diferenças sociais da população. Esse ideal é defendido pelos partidos políticos mais conservadores e à direita do espectro ideológico. Fernando Henrique Cardoso foi outro presidente que abraçou essa ideologia, inclusive alcunhando os aposentados de “vagabundos”. Tanto com Collor como com FHC os sindicatos tiveram grandes dificuldades em avançar nas conquistas por melhores salários e condições de trabalho. Lula e Dilma mudam o direcionamento governamental, reconhecendo o importante papel do serviço público para o atendimento às necessidades básicas da população. Durante seus governos o funcionalismo público avança em suas conquistas. A queda de Dilma, com a ascensão de Temer, o projeto de desmonte dos direitos trabalhistas volta com força. Aprovam-se as reforma trabalhista e previdenciária, com grandes perdas para os trabalhadores.  

A eleição de Bolsonaro nos remete aos ataques constantes aos trabalhadores, onde seu ministro da economia, Paulo Guedes, tenta de todas as formas impor uma agenda neoliberal, entre elas a reforma administrativa. Essa reforma acaba com boa parte das carreiras públicas, acaba com o processo de concursos para boa parte delas, cria um sistema que pode permitir ingerência política no serviço público e termina com a estabilidade em muitos cargos, dividindo os servidores em muitas categorias diferentes. Nesse sistema, os trabalhadores estarão sujeitos às pressões das chefias e de políticos, comprometendo a norma da impessoalidade e da independência do serviço público, causando grandes prejuízos à população e permitindo mais ainda as fraudes, isso sem falar das perseguições que os servidores sofrerão. Se o Congresso Nacional aprovar essa reforma, estará prestando um grande desserviço ao povo brasileiro.  

RIBEIRO: UM MINISTRO FORA DO TEMPO

RIBEIRO: UM MINISTRO FORA DO TEMPO 9

Por Petrônio Filho 

No dia 09 deste mês, no programa “Sem Censura”, da TV Brasil, o ministro da educação, Milton Ribeiro, desferiu várias críticas aos educadores e ao sistema de cotas das Universidades. Disse que a Universidade deve ser para poucos, para uma elite, e que o país necessita mais de técnicos que diplomados com ensino superior. Atacou o sistema de cotas dizendo que os “filhinhos de papai” têm o direito das vagas universitárias porque são seus pais quem pagam impostos. Criticou os reitores por terem ideais “socialistas” e os professores do ensino fundamental por não quererem o retorno das aulas devido à pandemia e que, se pudesse, os fariam retornar às aulas. 

Toda essa verborreia demonstra o perfil extremamente conservador de Milton Ribeiro. Esse tipo de posicionamento revela um caráter individualista, antissocial, separatista e retrógrado em todos os sentidos. O ministro demonstra não ter uma avaliação realista em relação às condições socioeconômicas do nosso povo, ao querer comparar ricos com pobres; ao dizer que os primeiros pagam impostos, como se os menos favorecidos tivessem culpa por não pagar. Não analisa a questão da escravidão, que criou uma grande classe de desvalidos, sem a menor condição de alçar aos melhores meios sociais. Critica as posições de esquerda dos reitores, mas ele pode defender posições da direita ao tentar impor às escolas ideologias retrógradas como a questão da família conservadora. Agride os professores do ensino fundamental por quererem que as aulas retornem somente após a vacinação completa dos educadores, como se a defesa das suas vidas não fossem importantes. 

Milton Ribeiro faz parte de um governo que tenta por todos os meios retornar aos tempos retrógrados do conservadorismo ideológico, onde a ciência e a democracia não tem vez. Onde só tem direitos uma determinada categoria de privilegiados, como eles dizem, “capazes”. Pretendem manter o “status quo” da desigualdade e da falta de um projeto para que todos os brasileiros possam ascender socialmente. Querem que este  país continue a ser uma “Belíndia”, termo criado por Edmar Bacha, para demonstrar um país fictício, ambíguo e contraditório, que resultaria da conjunção da Bélgica com a Índia, com leis e impostos do primeiro, pequeno e rico, e com a realidade social do segundo, imenso e pobre. Este é o país que a atual equipe do governo federal tenta manter, por acreditar que o mundo não é para todos, mas somente para alguns. 

Governo Bolsonaro tenta aplicar calote nos precatórios do Fundef, prejudicando os investimentos na educação básica e na valorização de seus profissionais

Governo Bolsonaro tenta aplicar calote nos precatórios do Fundef, prejudicando os investimentos na educação básica e na valorização de seus profissionais 10

O Executivo federal enviou ao Congresso Nacional, nesta segunda-feira (9), medida provisória prevendo a substituição do programa Bolsa Família pelo Auxílio Brasil, com valor ainda a ser definido para a população de baixa renda. E a intenção do governo consiste em financiar esse programa através do fatiamento do pagamento de precatórios aos estados e municípios – sobretudo do antigo Fundo do Ensino Fundamental (Fundef) –, numa manobra fiscal para acomodar os novos investimentos no famigerado teto de gastos imposto pela emenda constitucional nº 95.

As entidades que subscrevem esta nota reconhecem a importância do Bolsa Família e de outros programas de transferência de renda, criados ainda no Governo Lula e mantidos em governos subsequentes – muitos com alterações de nomenclaturas e, infelizmente, com cortes em valores e no número de famílias atendidas –, porém, tal como se tentou aprovar na PEC 15/2015 (Fundeb permanente) a vinculação dos programas de renda às rubricas educacionais, rechaçamos a intenção do governo Bolsonaro em utilizar os recursos da educação para financiar o Auxílio Brasil.

Os cortes e os contingenciamentos orçamentários na educação são marcas indeléveis do atual governo. Somente em 2021, o MEC mantém suspenso o investimento de R$ 1,55 bilhão em seu orçamento, e as escolas de nível básico deixaram de receber R$ 1,2 bilhão para adequar suas estruturas ao enfrentamento da pandemia do coronavírus. No último dia 4, o governo editou a MP nº 1.060, suspendendo o repasse de R$ 3,5 bilhões para estados e municípios poderem adquirir computadores e internet banda larga para estudantes e professores das escolas púbicas. Estima-se que mais de 20 milhões de estudantes do ensino obrigatório não acessaram as aulas remotas durante a pandemia por falta de equipamentos.

Mantendo-se numa direção ultrajante, o governo agora deseja bloquear o pagamento de precatórios destinados a investimentos na educação e na valorização de seus profissionais, fato que prejudicará ainda mais as condições de oferta e qualidade nas escolas públicas.

Não admitiremos mais esse calote do governo Bolsonaro na educação e, desde já, conclamamos governadores e prefeitos para se posicionarem e mobilizarem contra essa medida irresponsável e prejudicial à educação. O financiamento do Auxílio Brasil e outros programas sociais devem partir das receitas do Tesouro, priorizando-se a aprovação da Reforma Tributária Solidária (com taxação de grandes fortunas e lucros e dividendos, além de outras medidas de equalização tributária) e a revogação da EC 95 (teto de gastos).
Em defesa da educação pública, gratuita, laica, democrática, de qualidade social e para todos/as: Calote NÃO!

Brasília, 9 de agosto de 2021

CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
UNE – União Nacional dos Estudantes
Frente Norte e Nordeste pela Educação

Nova lei inclui educação bilíngue de surdos como modalidade na LDB

Nova lei inclui educação bilíngue de surdos como modalidade na LDB 11

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 14.191, de 2021, que insere a Educação Bilíngue de Surdos na Lei Brasileira de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei 9.394, de 1996) como uma modalidade de ensino independente — antes incluída como parte da educação especial. Entende-se como educação bilíngue aquela que tem a língua brasileira de sinais (Libras) como primeira língua e o português escrito como segunda. 

Oriundo do PL 4.909/2020, apresentado pelo senador Flávio Arns (Podemos-PR), o texto foi aprovado em maio pelo Senado e em 13 de julho pela Câmara. A educação bilíngue será aplicada em escolas bilíngues de surdos, classes bilíngues de surdos, escolas comuns ou em polos de educação bilíngue de surdos. O  público a ser atendido será de educandos surdos, surdocegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com deficiências.

De acordo com o texto, a modalidade de ensino deverá ser iniciada na educação infantil e se estender ao longo da vida. As escolas deverão oferecer serviço de apoio educacional especializado para atender às especificidades linguísticas dos estudantes surdos, o que não impedirá que esse aluno faça matrícula em escolas e classes regulares de acordo com o que decidirem os pais ou responsáveis ou o próprio aluno.

Entre as medidas previstas, o projeto também prevê a oferta, aos estudantes surdos, de materiais didáticos e professores bilíngues com formação e especialização adequadas, em nível superior. Além disso, os sistemas de ensino devem desenvolver programas integrados de ensino e pesquisa para oferta de educação escolar bilíngue e intercultural aos estudantes surdos.

A União será responsável por conceder apoio técnico e financeiro para esses programas, que serão planejados com a participação das comunidades surdas, de instituições de ensino superior e de entidades representativas dos surdos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

[ARTIGO] A produção de conhecimento sobre a Base Nacional Comum Curricular no Brasil: levantamento de teses, dissertações e artigos

[ARTIGO] A produção de conhecimento sobre a Base Nacional Comum Curricular no Brasil: levantamento de teses, dissertações e artigos 12

Uma pesquisa de Paulo Fioravante Giareta (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Resumo

O objetivo deste texto é apresentar um levantamento de artigos, teses e dissertações sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O levantamento inclui 501 artigos e 101 teses e dissertações. Ele indica a possibilidade de organizar as publicações em 20 categorias e explicita a centralidade da produção de conhecimento sobre a BNCC como política curricular, seguida de sua relação com a Língua Portuguesa e a Matemática. As produções sobre a BNCC indicam uma ampla capacidade de diálogo com as políticas de formação de professores, políticas de avaliação e políticas de gestão da educação e com as etapas da Educação Básica. Há, ainda, a ausência parcial ou total de produções sobre campos e temáticas como Educação em Direitos Humanos, Educação Inclusiva e Educação para Relações Étnico-Raciais. Palavras-chave: Política educacional. BNCC. Produção de conhecimento.

Baixe o artigo em PDF: https://revistas2.uepg.br/index.php/retepe/article/view/18101

[ARTIGO] A produção de conhecimento sobre a Base Nacional Comum Curricular no Brasil: levantamento de teses, dissertações e artigos 13

Biografia do Autor

Paulo Fioravante Giareta, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Pós-doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), campus de Três Lagoas (CPTL).

Agosto Lilás – Não se cale!

Agosto Lilás - Não se cale! 14

“Agosto Lilás” é uma campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, instituída por meio da Lei Estadual nº 4.969/2016, com objetivo de intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha, sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o necessário fim da violência contra a mulher, divulgar os serviços especializados da rede de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes.

A campanha nasceu em 2016, idealizada pela Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM), para comemorar os 10 anos da Lei Maria da Penha, reunindo diversos parceiros governamentais e não-governamentais, prevendo ações de mobilização, palestras e rodas de conversa – e desde então vem se fortalecendo e consolidando como uma grande campanha da sociedade no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, que já alcançou um público aproximado de 419.404 pessoas em todo o Estado, de 2016 a 2020.

A Campanha, de forma inédita, produziu material  educativo sobre a Lei Maria da Penha direcionado as  mulheres com deficiência visual, auditiva e mulheres das etnias guarani e terena, as quais receberam cd’s em áudio com narração em braile, DVD’s de libras para mulheres surdas e cartilhas traduzidas nas línguas indígenas.

A Lei 4.069/2016  também criou o programa “Maria da Penha Vai a Escola” e nos anos seguintes foram incorporados outras ações, como: Maria da Penha vai à Igreja, Maria da Penha vai ao Campo, Maria da Penha vai à Empresa, Maria da Penha vai à Aldeia, Maria da Penha vai ao Quilombo, Maria da Penha vai ao Bairro, Maria da Penha vai à Feira.

No estado de Mato Grosso do Sul,  alguns municípios instituíram por Leis Municipais, as suas campanhas “Agosto Lilás”.  Água Clara, Aquidauana, Amambai, Anastácio, Aral Moreira, Batayporã, Bonito, Campo Grande, Caracol, Caarapó, Corumbá, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Dourados, Dois Irmãos do Buriti, Guia Lopes da Laguna, Ivinhema, Japorã, Juti, Ladário, Maracaju, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã, Ribas do Rio Pardo, Rio Verde de MT, Rochedo, Sidrolândia e Três Lagoas, têm leis próprias criando a campanha em âmbito municipal.

Além de conseguir a mobilização no estado de Mato Grosso do Sul, a campanha recebeu adesão de diferentes municípios e estados da federação como: Acre, São Paulo, Minas Gerais,  Rio de Janeiro, Pernambuco, Tocantins, Paraná, Santa Catarina, DF, Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Paraná, Ceará, Roraima, Amapá, Amazonas, Espirito Santo, Paraíba, Maranhão, Alagoas, Rio Grande do Norte, Bahia, Rondônia e Sergipe, sendo executada pelos Poderes Legislativo e Judiciário, por diversos órgãos da segurança pública e do sistema de justiça, Universidades,  Sindicatos e outros.

Governo do Estado de Mato Grosso do Sul

Reforma Administrativa atinge, sim, servidores atuais

Reforma Administrativa atinge, sim, servidores atuais 15

Ao contrário do que propagam os defensores da Reforma Administrativa do governo Bolsonaro, a PEC 32/2020 não atinge apenas futuros servidores. Os servidores atuais também sofrerão impacto, já que a proposta mexe com questões como progressão por tempo de serviço, sem distinção.

A proposta, como foi apresentada e tramita até o presente momento, não reorganiza o Estado, mas destrói o modelo atual, trazendo lógicas do setor privado para a administração pública, se levar em conta o papel constitucional do Estado brasileiro na garantia de serviços públicos.

As regras de avaliação de desempenho, que não ficam claras na proposta, podem colocar em risco a estabilidade dos servidores atuais, principalmente se levarmos em consideração que ela poderá ser feita seguindo critérios subjetivos e por pessoas estranhas ao cargo. Lembrando que a avaliação já está prevista em lei, só precisa ser regulamentada. Alterar diversos pontos da Constituição apenas para estabelecer normas de avaliação de desempenho é temeroso.

Como dissemos, a demissão de servidores por mau desempenho já está na Constituição. O único motivo para demissões fundamentadas pela PEC seria por questões políticas. Assim, a liberdade dos servidores fica ameaçada.

Usemos como exemplo a educação pública. Além do impacto negativo da alta rotatividade de professores, com a PEC, estados e municípios podem passar a gestão de escolas públicas para empresas privadas, inclusive para a contratação de pessoal.

O que acontece com o piso salarial dos professores em uma gestão privada? Para onde irão os recursos do Fundeb? Além disso, a PEC abre caminhos para livre nomeação de pessoas sem prestação de concurso público, inclusive para cargos de coordenação no Inpe e no FNDE.

A PEC cria dois “grupos” de servidores regidos por regimes distintos: os futuros e os servidores atuais. O grupo antigo, inevitavelmente, passará a ter relevância menor para o governo. Essa questão pode influenciar negativamente o grupo mais antigo em questões como licença capacitação ou correção do salário pela inflação, já que é mais fácil e barato calcular o reajuste para o grupo menor.

Ana Claudia Farranha, que é professora da Faculdade de Direito da UnB, explica que a estabilidade e o Regime Jurídico Único foram pensados justamente para corrigir as distorções existentes nos anos 80, diante dos muitos vínculos existentes, até então, com o Estado. Ela afirma que a aprovação da PEC trará uma série de ações ajuizadas em busca de isonomia.

“A PEC gera um vazio jurídico significativo, que vai gerar uma confusão”, diz. Esse vazio é corroborado inclusive pelas novas formas de contratação e possibilidade de terceirização, já que as pessoas exercerão as mesmas funções com garantias diferentes.

Para Vladimir Nepomuceno, que é assessor da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, a Reforma pretendida pelo governo Bolsonaro não se resume à PEC 32, que apenas abre portas para movimentos futuros. Ele acredita que a PEC transforma, se aprovada, todos os cargos existentes na Administração Pública em cargos em extinção.

Isso aconteceria porque, à medida que não se realizariam mais concursos públicos para esses cargos (salvo o das carreiras típicas de Estado), eles acabariam extintos com a aposentadoria dos últimos ocupantes de cada cargo. Esse fator também traz impacto negativo à Previdência dos servidores, que se tornaria insustentável a longo prazo, exigindo uma contribuição maior dos servidores.

Para os próximos passos, a professora Farranha acredita ser mais vantajoso apostar na desidratação da PEC, principalmente em ano pré-eleitoral. “O deputado que defende uma proposta dessa tem que acreditar que está com muita bala na agulha para se manter onde está”. O cenário para ela, é incerto, já que a proposta será implementada, efetivamente, por quem estiver no poder, inclusive nos estados.

Já se observa, conforme a proposta tramita na Câmara dos Deputados, um arrefecimento na defesa da proposta pelos parlamentares. A esperança é de que, na medida em que avança, a proposta perca seus pontos mais controversos e chegue ao final da tramitação praticamente sem efeitos para o Estado e o serviço público.

(Que estado queremos, 14/07/2021)

O FUNDAMENTALISMO NA SOCIEDADE

O FUNDAMENTALISMO NA SOCIEDADE 16

Petrônio Filho com textos do UOL Educação e Carta Capital

Ultimamente temos ouvido muito sobre o fundamentalismo religioso. Mas, o que seria o fundamentalismo?  O fundamentalismo geralmente está associado a ideias sectárias, inflexíveis, sobre determinado tema, sobretudo com relação à religião.

A expressão foi formalmente definida pela primeira vez, em 1920, por um pastor americano da Igreja Batista, chamado Curtis Lee Laws. Curtis Laws estava vinculado ao movimento protestante americano que era contrário ao segmento protestante liberal de fins do século XIX e pregava a necessidade de afirmação dos dogmas do protestantismo tradicional, como a infalibilidade das escrituras. O alvo principal eram as teorias científicas como a da evolução das espécies de Charles Darwin. 

O fundamentalismo religioso ou outro qualquer (político, econômico, científico, etc.) geralmente ganha adeptos quando as pessoas se encontram em situação caótica em termos econômicos, sentimentais, familiares, sociais e outros. O desespero e a revolta levam à busca de algo que dê conforto ou uma “luz” para suas adversidades. Neste caso, a religião é o meio mais procurado. Como a pessoa está em conflito com o status quo, tudo que contraria o modo social é, para ela, um tipo de conforto e de busca por outra situação. Assim, as ideologias mais radicais, principalmente as mais conservadoras que defendem uma determinada lógica moral, são aquelas mais procuradas. Aqui entram os fundamentalismos de todos os tipos. 

“Para os fundamentalistas, qualquer pessoa que pense ou se expresse de modo diferente ao por eles apregoados, passam a ser identificadas como inimigas ou, quando não, como alguém que exige um trabalho intenso de ‘conversão’. Daí uma dedução pode ser extraída: na medida em que a convivência com o diferente e o aprender com a experiência religiosa do outro não é admitida, o estímulo ao ódio está implantado, tendo como argumento fundante a pretensão de serem eles, os fundamentalistas, os donos da verdade”. (PROFESSOR WALDIR AUGUSTI PADRE TICÃO – Carta Capital – 14 DE JANEIRO DE 2020)

Esse tipo de ideologia provoca choques em uma sociedade democrática já que os fundamentalistas não aceitam o contrário às suas pregações. Os mais radicais apregoam a fundação de uma sociedade de pensamento único, como o caso do talibã no Oriente Médio ou o caso da Klu Klux Kan nos Estados Unidos, que defendia uma sociedade branca e perfeita. 

“… as pessoas envolvidas por tais propostas, não se enxergam, em sua maioria, como fascistas por não se enxergarem como tal. A elas, é transmitida a ideia de terem sido chamadas a serem defensoras das ‘leis de Deus e suas vontades’, as quais lhes são ‘ensinadas’ por religiosos detentores de uma oratória extremamente convincente e da realização de atos religiosos recheados de euforia e emoção”. (PROFESSOR WALDIR AUGUSTI PADRE TICÃO – Carta Capital – 14 DE JANEIRO DE 2020)

No caso do Brasil, as grandes desigualdades sociais, aliadas à crise política, tem levado boa parte da população a aderir aos ideais fundamentalistas religiosos e políticos nos últimos anos. A grande imprensa colaborou para isso ao demonizar os ideais e os partidos mais progressistas, como no caso das denúncias de corrupção. Isso levou os brasileiros elegerem um fundamentalista político, com ideais conservadores e antidemocráticos, na tentativa de ver um “messias” salvar a pátria. Com isso, o ódio político se alastrou, gerando grandes conflitos entre as pessoas e entre as instituições do poder político. 

O atual presidente não aceita críticas e ataca quem o contraria. Seus seguidores não enxergam suas posições radicais como prejuízo à sociedade, considerando-o “acima de quaisquer suspeita”. Isso é o fundamentalismo: “Estou certo. Outros estão errados!”. A falta de diálogo e do contraditório, que são bases de uma democracia, leva as pessoas a cometerem grandes erros porque não há possibilidade de correções. Assim, a sociedade sofre com as desídias de quem a governa. Como se diz, “A democracia não é perfeita, mas é o melhor sistema político que existe”.