… o ganho acima do piso, se aplica apenas aos profissionais do magistério, categoria escassa em MS, cerca de 0,6% do total dos mais de 11 mil profissionais da educação.
A tabela que traz a redução de quase R$ 2 mil nos salários de professores temporários convocados pelo governo de Mato Grosso do Sul, foi publicada na edição dessa segunda-feira (15) do Diário Oficial do Estado (DOE).
Anteriormente os professores contratados em regime temporário recebiam R$ 6.079, com a redução, de 32,55%, passam a receber R$ 4,1 mil, um decréscimo de R$ 1.979 no salário dos educadores. Os valores já entram em vigor hoje.
Conforme levantamento a Secretaria Estadual de Educação, cerca de 90% dos professores passam a receber o valor menor. O que representa 40 horas semanais. A lei assinada por Azambuja, é justificada a contingência, segundo o gestor estadual.
Azambuja chegou a dizer que os professores temporários ganhariam 10% acima do piso nacional.
Porém, o ganho acima do piso, se aplica apenas aos profissionais do magistério, categoria escassa em MS, cerca de 0,6% do total dos mais de 11 mil profissionais da educação. E mesmo no caso dos Magistrados, não receberão os ‘10%’, anunciados por Azambuja, e sim 7% acima do piso nacional, o que equivale à 2.733,33.
Em algumas situações, professores que lecionam 20h na semana devem receber ainda menos. De acordo com a Secretaria de Educação, não dá para especificar o quanto ganharão ao certo, pois, conforme a pasta, há docentes com aportes ao salário, horas complementares, adicional de função da graduação.
Os valores chegam a se equiparam a funções comuns, que não são necessários diplomas, o caso de vendedores pracistas, entre outros. Graduado sem licenciatura ganhará R$ 3.690; docentes com especialização, R$ 4.373,27 e mesmo quem já tiver Mestrado/Doutorado, receberá R$ 4.510.
A secretária da Educação, Maria Cecília Amendola da Motta, disse ao Campo Grande News, que o projeto do governo se fez necessário. “Ou não paga ou faz redução, é matemática pura”.
Órgão que representa dos professores, Federação dos Trabalhadores em Educação de MS (Fetems) reagiram impetrando recurso. Segundo o presidente da entidade, Jaime Teixeira, que será levado ao Supremo Tribunal Federal (STF), ainda hoje.