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Coronavírus: como as escolas devem agir

Infectologistas do Albert Einstein falam sobre as providências básicas e cabíveis relativas ao novo vírus no ambiente escolar

Diante da expansão do coronavírus no mundo e com um aumento no Brasil, o Hospital Albert Einstein realizou, ontem, 12, um vídeo ao vivo em sua página no Facebook com a equipe de infectologistas do hospital, Vivian Avelino Silva, Hélio Bacha e Márcio Moreira. O tema foi: o que as escolas podem fazer para prevenir o contágio da doença COVID-19. “É a epidemia mais bem estudada em curto espaço de tempo”, alertou o infectologista Hélio Bacha no início da conversa.

Para prevenir a disseminação do coronavírus na escola, Márcio Moreira, o qual é pediatra infectologista, reforçou que a forma mais efetiva é exatamente a mesma de todos os vírus respiratórios: “higiene frequente das mãos, etiqueta da tosse — sempre proteger a boca ao tossir com a mão ou papel.”

Contudo, instruir a equipe de limpeza da escola a dar atenção para a higiene das superfícies, limpando com álcool 70% ou hipoclorito objetos cujos alunos tocam com frequência como carteira, maçaneta e corrimão foi a dica de Vivian Avelino Silva, infectologista e docente da faculdade de Medicina do Einstein. Já o doutor Hélio incrementou que “bebedouro é outro fator importante de possibilidade de transmissão. Recomenda-se que cada aluno utilize o seu povo, o seu copo, de maneira individual.”

O foco para barrar o coronavírus

Os especialistas explicaram que o momento é muito mais de preocupação coletiva que individual. Sendo assim, caso a escola tenha um aluno com caso confirmado, uma saída é dar quarentena de 14 dias para a sala do jovem infectado. Deve-se avaliar se há mais casos e em salas separados para só assim, as aulas serem canceladas em todos os períodos.

Contudo, o infectologista Hélio deixa claro que as crianças que ficarem em casa não devem ser cuidadas pelos avós, pois a população com maior risco é a acima dos 70 anos. “No medo, as pessoas tiram os filhos da escola. Mas tem que ter política que garanta que esse fechamento será uma segurança maior para aqueles alunos, porque corre o risco de nem todo mundo ter segurança de transmissão dentro de suas casas, ainda mais se for para ficar acompanhado de uma pessoa com mais de 70 anos.”

Mundo

Durante a quarentena, vale ressaltar que países com um número maior de infectados que o Brasil como a China, estão disponibilizando aulas online para seus alunos. Professores estão gravando suas disciplinas e criando outras alternativas para interação com os estudantes. Porém, docentes se queixam de cansaço pelo aumento da carga-horária ao prepararem aulas para o mundo digital e alunos revelam saudades da escola.

Fonte: Revista Educação.

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