Por Petrônio Filho
“Ao menos três escolas privadas de Campinas registraram casos de Covid-19 após a retomada dos trabalhos presenciais, no fim de janeiro.” (UOL).
“Sete escolas estaduais de São Paulo foram fechadas por casos de infecção por coronavírus antes mesmo de retomarem aulas presenciais.” (Estadão).
“Escolas de elite de SP suspendem parte das aulas presenciais após infecções pela covid-19” (Terra).
Estas três manchetes acima dão uma dimensão sobre o perigo do retorno às aulas presenciais sem a imunização dos profissionais da educação. O vírus da Covid cada vez mais se espalha pelo mundo com suas variantes. Alguns cientistas já alertaram que sofreremos a contaminação por, pelo menos, mais dois anos e que não se sabe qual seria o real resultado da vacinação.
Os governos, preocupados (com razão) das perdas com as escolas fechadas, estão decretando o retorno das aulas presenciais. Assim, provoca uma grande discussão na sociedade, principalmente com os sindicatos da educação, sobre esse retorno. Pais, “cansados” de cuidarem de seus filhos e com o problema de terem que trabalhar, também clamam pelo retorno das aulas presenciais. Como os políticos vivem do voto, tendem a acompanhar as pressões da sociedade, mesmo correndo riscos.
As necessidades e a falta de informação, acompanhadas pelos desatinos do presidente da República, tentam impor uma situação de alto risco para a saúde de milhões de pessoas. As crianças e jovens infectados geralmente não apresentam sintomas. Isso pode colocar sua própria família, principalmente os idosos, em situação de perigo de morte. É impossível controlar centenas de crianças que tendem a se abraçar, possibilitando o contágio.
Essas situações vêm demonstrar que o retorno às escolas colocam muitos brasileiros em situação de grande perigo sem que haja a vacinação em massa. Não se podem tomar decisões precipitadas e irresponsáveis. A vida é o maior bem que possuímos e o Estado tem a obrigação de preservá-la.