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BIDEN E O SINDICALISMO

Por Petrônio Filho

Podemos dizer que hoje o império estadunidense se compara ao império romano no mundo antigo europeu. Assistindo aos comentários sobre as eleições nos Estados Unidos, um dos comentaristas disse que sua mãe o questionou o porquê do mundo estar tão ligado àquelas eleições. O comentarista explicou a ela que os EUA tem influência sobre os rumos da economia e da política mundial.

Somos um país latino-americano. Portanto, sofremos grande influência dos ianques, como o governo de Getúlio Vargas que era pressionado para a não nacionalização das nossas empresas, notadamente e PETROBRÁS. A construção do golpe militar de 64 teve grande participação da CIA. Como toda potência, o governo estadunidense vê outros países, principalmente os mais próximos (América Latina) como seu “quintal”. Assim, podemos dizer que tem sim grande importância para nós as eleições daquele país.

Somos sindicalistas. Como tais, temos um conjunto ideológico voltado para o humanismo, para a defesa ambiental, para o pacifismo e por aí vai. Trump representa tudo de contrário a esses ideais. Retirou os EUA do Acordo de Paris, atacou a China e a Venezuela, deu apoio aos governos antidemocráticos, fez pouco do problema da Covid-19 e, por fim, acusa fraude nas eleições porque não admite ter perdido. Esse tipo de governante aumenta as tensões internacionais, agride o meio ambiente e dá amparo ao conservadorismo.

Joe Biden representa o contrário disso tudo. É claro que o imperialismo estadunidense vai continuar. Afinal, não há grandes diferenças entre democratas e republicanos. A diferença está no estilo de governar. Neste caso, Biden destoa de Trump. De cara, ganho as eleições, o democrata já propôs o diálogo como meio na busca de soluções para o mundo. Disse que sua primeira atitude após a posse será o retorno ao Acordo de Paris. Propôs a pacificação do seu país, governando para todos. Ressaltou mais uma vez a sua preocupação com o meio ambiente. Por tudo isso, como sindicalistas, ficamos felizes com a vitória de Biden. Vence o espírito democrático e pacificador. Vence o diálogo. O mundo agradece!

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