Filiado à

ESTUPRO CULPOSO NÃO EXISTE!

Mariana Ferrer denunciou um estupro, ocorrido no final de 2018, contra o empresário André de Camargo Aranha, enquanto trabalhava em um clube de Florianópolis. Após uma longa batalha da jovem buscando por justiça, o empresário foi inocentado na última terça-feira (03), onde o Ministério Público declarou que André cometeu um “estupro culposo”, pois não teria tido a “intenção de estuprar”.

Mesmo com todas as provas, indícios e vestígios de que a jovem foi abusada sexualmente, mais um homem elitizado foi absolvido pela justiça brasileira. E detalhe: foi inocentado por uma tese que sequer existe! ‘Estupro Culposo’ é uma tipificação INEXISTENTE no Código Penal. É inadmissível e vergonhoso, porém foi o suficiente para que o juiz Rudson Marcos, da 3º Vara Criminal de Florianópolis, aceitasse o argumento.

O SINTED, que representa trabalhadores e trabalhadoras da educação, composto em sua maioria por mulheres, repudia essa injustiça que tenta objetificar mulheres e normalizar o estupro. Repudiamos também o advogado do empresário, Cláudio Gastão da Rosa Filho, que humilhou Mariana Ferrer durante a audiência, desferindo palavras de ódio e machismo absoluto contra a jovem.

Até quando mais uma mulher passará por uma situação como esta? Até quando um homem rico conseguirá se safar da justiça? Até quando as mulheres terão que ouvir opiniões alheias sobre seu próprio corpo? Mariana pede socorro. E, nós, MULHERES pedimos também.

Toda a solidariedade a Mari Ferrer e forças para continuar lutando. Estamos todas JUNTAS e UNIDAS! #JustiçaPorMariFerrer.

Congresso aprova proposta que retira R$ 1,4 bi da educação e libera recursos para obras

Aprovação ocorreu após governo se comprometer a recompor os recursos tirados da educação. Deputados e senadores votaram texto nesta quarta; proposta vai à sanção.

Por Elisa Clavery, Sara Resende, Gustavo Garcia, Fernanda Calgaro e Luiz Felipe Barbiéri, TV Globo e G1 — Brasília

Deputados e senadores aprovaram nesta quarta-feira (4), em uma sessão do Congresso Nacional, um projeto de lei enviado pelo governo ao Legislativo que retira R$ 1,4 bilhão do orçamento do Ministério da Educação (MEC) deste ano e repassa os recursos para obras.

Com a decisão, o texto vai à sanção do presidente Jair Bolsonaro. Devido à pandemia, as sessões do Congresso têm sido realizadas por um sistema remoto de votações que exige que as votações de deputados e senadores sejam feitas separadas.

A proposta autoriza o remanejamento e o uso de reservas de contingência que somadas chegam a R$ 6,1 bilhões. Esses recursos vão sair de sete ministérios – sendo a maior parte (R$ 1,4 bilhão) do orçamento do Ministério da Educação – e da Presidência da República.

Na realocação dos recursos, as pastas de Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional são as que mais recebem. Confira as pastas que ganham e as que perdem.

Recebem recursos:

  • Ministério do Desenvolvimento Regional: R$ 2,3 bilhões
  • Ministério da Infraestrutura: R$ 1 bilhão
  • Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: R$ 50,5 milhões
  • Ministério de Minas e Energia: R$ 286,7 milhões
  • Ministério da Saúde: R$ 243,6 milhões

Perdem recursos:

  • Ministério da Educação: R$ 1,4 bilhão
  • Ministério da Justiça e Segurança Pública: R$ 300 milhões
  • Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações: R$ 9,6 milhões
  • Ministério da Economia: R$ 615,6 milhões
  • Ministério da Defesa: R$ 330 milhões
  • Ministério do Turismo: R$ 148,7 milhões
  • Ministério da Cidadania: R$ 385,2 milhões
  • Presidência da República: R$ 9,9 milhões

Corte na Educação

Segundo o texto, o MEC terá um cancelamento de recursos na ordem de R$ 1,56 bilhão e uma suplementação de R$ 160 milhões – resultando em um saldo negativo de R$ 1,4 bilhão.

Diante da resistência dos partidos de oposição em aprovar o projeto, o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), esclareceu que o governo se comprometeu a enviar ao Legislativo um ofício recompondo os recursos para o MEC.

O líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), disse que o acordado será cumprido. “Fica claro o nosso compromisso com a recomposição”, afirmou.

O relator da matéria, senador Marcelo Castro (MDB-PI), argumentou que os recursos remanejados são para “importantes obras infraestruturantes no Brasil”.

“Se não houvesse essa suplementação, essas obras iriam sofrer paralisação com grandes danos para a administração pública”, disse, em plenário.

Em seu relatório, o senador fez mudanças de ação dentro dos ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Regional, seguindo um acordo entre o Congresso e o governo. Apesar de não mudar os valores para cada pasta, as alterações permitem, por exemplo, que a pasta da Saúde gaste mais com custeio de serviços de assistência hospitalar, em vez de gastar em investimentos.

Recursos

Em audiência pública no Senado, em setembro, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que o bloqueio dos recursos feito pelo governo seria “em grande parte” para pagar “emendas parlamentares”.

Segundo Ribeiro, o governo precisou retirar dinheiro da educação para repassar aos projetos aprovados pelos próprios congressistas, que encaminharam recursos para outras áreas.

Parte da verba remanejada neste projeto deve ser destinada a programações genéricas dos ministérios, que podem ser usadas para atender a pleitos de parlamentares.

Apesar de terem objetivo semelhante, esses recursos não se tratam, a rigor, de emendas parlamentares. São uma verba extra do Orçamento que o governo permite que uma parte do parlamentares indique o seu destino.https://d887d49594e8dc05e579d31fdb9613c0.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

O critério é político, ou seja, geralmente a distribuição desses recursos é usada pelo governo para abastecer a sua base aliada, no que é chamado de “toma lá, dá cá”.

Já as emendas parlamentares têm características diferentes. Uma delas é que cada um dos 513 deputados e dos 81 senadores têm direito a indicar obras e ações para receberem dinheiro do Orçamento.

Em 2020, cada parlamentar pôde apresentar até 25 emendas, com valor total de R$ 15,9 milhões. Obrigatoriamente, metade deve ser destinada para ações e serviços públicos de saúde.

No caso das emendas, ao contrário dos recursos extras, é possível identificar quem indicou e para onde. Outra diferença é que o pagamento das emendas é obrigatório

Ministérios beneficiados

Os ministérios do Desenvolvimento Regional e da Infraestrutura são os principais responsáveis por obras federais em todo o país e, por isso, bastante procurados por parlamentares que querem puxar recursos para suas bases eleitorais.

A pasta comandada por Marinho recebe, pelo remanejamento, R$ 2,3 bilhões. O dinheiro deve ser aplicado no programa de integração do Rio São Francisco, na recuperação de bacias hidrográficas, em projetos da Codevasf, na construção de barragem e no abastecimento de água em regiões de seca, entre outras ações.

Já o Ministério da Infraestrutura recebe cerca de R$ 1 bilhão, que será usado, por exemplo, para a construção e manutenção de estradas e implementação de trechos ferroviários.

Entre suplementação e cancelamento, o Ministério da Saúde tem saldo positivo de R$ 244 milhões. A verba deve ser usada no Fundo Nacional de Saúde (FNS) e na estruturação das redes de atenção básica e especializada em saúde, por meio de transferências a estados e municípios.

Justiça Federal

Os deputados aprovaram também na sessão desta quarta-feira outros 28 projetos, que remanejaram recursos e abriram crédito em favor de diversos órgãos do Poder Executivo e do Poder Judiciário.https://d887d49594e8dc05e579d31fdb9613c0.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

Setes destes projetos abriram crédito especial em favor das justiças Eleitoral, Federal e do Trabalho, além do Ministério Público da União, do Conselho Nacional de Justiça, do Conselho Nacional do Ministério Público, do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça.

Somados, os projetos que destinaram verbas aos diferentes ramos da justiça e órgãos do Ministério Público e do Poder Judiciário chegam a R$ 81.756.961.

Tuitaço pela regulamentação do Fundeb é marcado para o dia 4 de novembro

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) marcou para o próximo dia 4 de novembro a mobilização virtual “Tuitaço” para cobrar dos parlamentares a regulamentação urgente do Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica foi aprovado em agosto deste ano como Emenda Constitucional (EC) 108.

A ação está marcada para às 10h e vai reivindicar de deputados/as e senadores/as uma regulamentação que seja de fato destinada a recursos para a educação básica pública, sem desvios para outras finalidades. Além disso, a mobilização vai cobrar dos parlamentares uma distribuição justa dos recursos do Fundeb de modo a reduzir as desigualdades sociais e regionais, e que promova uma educação de qualidade para todos, com valorização dos profissionais.

A CNTE já divulgou uma nota explicando em detalhes quais são as questões a serem priorizadas nos projetos de lei que tratam da regulamentação do Fundeb Permanente – acesse.

No dia 4 de novembro, a CNTE também vai participar da audiência pública na Câmara dos Deputados para debater a valorizaçao dos profissionais da Educação no Fundeb. O público poderá enviar perguntas aos palestrantes pelo site e-cidadania: bit.ly/edemocracia_1667

Como participar do Tuitaço

1. Acesse os materiais da CNTE:

Sugestões de tuites (textos)
http://bit.ly/tuitaco_regulamenta_fundeb

Artes
http://bit.ly/artes_regulamenta_fundeb

2. Recomendações:

– Publique diferentes frases com a hashtag #RegulamentaFundeb a partir das 10h

– Compartilhe (retuite) e curta posts da campanha que mencionem a hashtag

– Use o Tweetdeck (https://tweetdeck.twitter.com/) para agendar tuites – é só acessar com o mesmo login e senha da sua conta do Twitter. Sugestão: agende uma frase a cada cinco minutos, das 10h às 11h. Se você tiver mais tempo pode agendar um número maior de frases num intervalo menor, sempre começando às 10h.

– Peça para amigos e seguidores participarem do tuitaço – quanto mais contas abordarem o tema e usarem a hahstag, mais chances do termo #RegulamentaFundeb chegar aos assuntos mais comentados do momento (trending topics)

– Marque deputados/as e senadores/as que têm perfil ativo no Twitter

Se preferir, baixe as artes a seguir

insta participe do tuitaco fundeb
tt tuitaco participa fundeb ok
tt trabalhoconjunto cam senado
tt questoes priorizadas
tt qualidade
tt recursos so educacao
tt reducao desigualdades

CNTE