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Brasil pede paz para educadores da Colômbia

12092019 colombia2

Dirigentes da Internacional da Educação (IE), CNTE e Sinpro-DF foram à embaixada da Colômbia, nesta quinta-feira (12), em Brasilia, para pedir paz e segurança aos educadores daquele país. A atividade “Pela vida, pela paz e pela democracia na Colômbia” foi convocada pela IE e está sendo realizada simultaneamente pelas entidades filiadas da America Latina, em solidariedade à FECODE – Federação Colombiana de Educadores e à Associação Sindical de Professores Universitários da Colômbia (ASPU).

Roberto Leão, vice-presidente da Internacional da Educação e Secretário de Relações Internacionais da CNTE, Fátima Silva, vice-presidente da Internacional da Educação na America Latina e Secretária Geral da CNTE, Gabriel Magno, Secretário de Assuntos Jurídicos e Legislativos e Berenice Darc, Secretária de Relações de Gênero, foram recebidos pelo embaixador Darío Montoya Mejía e entregaram um ofício no qual descrevem a situação de muita violência e ameaças a educadores e a dirigentes sindicais por organizações paramilitares na Colômbia e pedem garantias de segurança e proteção.

Fátima Silva fez um breve histórico sobre a situação descrita pela FECODE- somente em 2019, três professores foram mortos, sendo que em dois já foi confirmada a relação do assassinato com a atividade profissional. Também comunicou ao embaixador que, motivados pela situação na Colômbia, a Internacional da Educação na América latina (IEAL) decidiu no Encontro Regional realizado no mês passado, em Bogotá, criar uma rede de monitoramento e denúncia de violações aos direitos humanos, laborais e sindicais do setor da educação.

O embaixador Montoya, disse que seu governo está comprometido com o prosseguimento às negociacões de paz, que se estende há sete anos. Ele afirmou que dentre os empecilhos ao acordo – as FARC e outros grupos guerrilheiros seguem na ativa —, é o financiamento dos narcotraficantes, cuja paz não interessa para os “negócios” e também à falta de previsão recursos orçamentários para formação e reintegração à sociedade dos integrantes dessas organizações paramilitares.


Segundo o embaixador, secretarias de educação têm tomado medidas administrativas de proteção da vida e integridade dos docentes ameaçados e a polícia está empenhada nas investigações para o rápido esclarecimento dos casos e punição aos culpados. “Essa é uma situação que dói e acontece em vários setores da sociedade, lamentavelmente os docentes estão entre as vítimas.”

CNTE

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