O eixo três do documento-referência da Conferência Nacional Popular de Educação deixa claro pelo o que se luta: “Educação, direitos humanos e diversidade: justiça social e inclusão”. Seus dois primeiros parágrafos dialogam com a necessidade imperiosa, e cada vez mais urgente, da prática da justiça social em nosso país. E justamente por isso, convergem também com as mobilizações pelo Fora Bolsonaro que, no próximo dia 02 de outubro, tomarão as ruas de todo o Brasil.
Em seu primeiro parágrafo, o eixo 3 desse documento traça o diagnóstico: “O Brasil é um país de dimensões continentais, e essa extensão territorial se traduz em uma ampla, rica e diversa cultura, em uma composição étnica e racial também diversa, além da riqueza da fauna e da flora. Contudo, se o País é abundante em riquezas naturais e culturais, ele traz como uma das características mais marcantes as desigualdades étnico-racial, econômica, social e de gênero”.
Já no segundo parágrafo, diante do quadro descrito no anterior, o documento exorta a luta de todos/as pela democracia: “A constituição da sociedade brasileira é marcada por suas características pluriétnicas, pluriculturais e multirraciais, que demarcam a nossa grande riqueza, mas também as enormes desigualdades, que tem como consequência diferentes formas de violência contra grande parte da população, dentre elas a dizimação dos povos indígenas, morte e encarceramento da juventude negra e periférica, a violência contra as mulheres, sobretudo as negras, violência e morte das pessoas LGBTQIA+, trabalho infantil, dentre outras. Essas características por si só reafirmam que toda e qualquer política, principalmente a educacional deve ser marcada pela democracia, igualdade de direitos, reconhecimento à diversidade e pela justiça social”.
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É de fundamental importância ocuparmos as ruas e as redes sociais no próximo dia 02 de outubro pelo Fora Bolsonaro. O nosso Brasil está sendo destruído diariamente desde o golpe de 2016. Queimadas provocadas pela ação humana estão acabando com o nosso patrimônio natural, os constantes ataques à nossa cultura e educação acompanhados diuturnamente, as mudanças na Constituição Federal que retiram direitos da população, que termina por aumentar o número de pessoas que vivem em situação de miséria absoluta, além do aumento do desemprego e da pobreza de nosso povo, são medidas graves contra todo o país e precisam, mais do que nunca, ser combatidas. Este governo criminoso não atuou para controlar a pandemia e quer entregar as empresas estatais e os serviços públicos para a inciativa privada. Seus membros e agentes não têm vergonha de dizer que são contra a ampliação das matrículas das pessoas nas escolas e de que a Universidade deve ser para poucos, além de atacar as pessoas com deficiência.
Não podemos deixar passar impunemente os ataques frequentes aos professores, aos povos indígenas, à juventude negra, às mulheres e às pessoas LGBTQIA+. Para a população em geral, ninguém tolera mais os aumentos abusivos dos combustíveis, do gás de cozinha e da gasolina. A inflação descontrolada, o trabalho precário e a exploração do trabalho infantil, além da alta dos preços dos alimentos ajudam a compor esse quadro desolador. “Tá tudo caro, a culpa é do Bolsonaro”. Vamos às ruas sim, derrubar este governo que mata o nosso povo todos os dias. Basta!
O documento da Conape, ainda em seu eixo 3, já indica o nosso papel em todo esse cenário a que fomos submetidos: “A presença ativa e o avanço da consciência dos direitos nos coletivos sociais diversos, tratados como desiguais, é o que tem possibilitado alguns avanços na sociedade brasileira, e articulados em movimentos sociais eles têm desenvolvido ações nos sindicatos, movimentos de luta pelos direitos humanos e pela diversidade”. São nos espaços coletivos da Frente Brasil Popular, da Frente Povo sem Medo e da Plenária Fora Bolsonaro que nos fortalecemos para enfrentarmos as diversidades atuais.
Com as etapas municipais da Conape já ocorrendo em todo o país, o documento deixa claro a importância, ainda em seu eixo 3, da luta contra as injustiças sociais: “É preciso reafirmar o papel da sociedade e da justiça civil numa perspectiva inclusiva como fundamentais para a resolução da tensão entre diversidade e desigualdade. A justiça social nos leva a compreender que a pobreza, a miséria, o racismo, o sexismo, a LGBTQIA+fobia, e todo e qualquer tipo de discriminação, preconceito, violência e intolerância devem ser entendidos como injustiças sociais que devem ser enfrentadas no campo da justiça”.
Por justiça, pelos direitos humanos e pela educação pública, vamos soltar a nossa voz de forma unificada pelo Fora Bolsonaro no próximo dia 02 de outubro! É de fundamental importância ocuparmos as ruas e as redes sociais nesse dia. Juntem-se a nós porque juntos somos mesmo mais fortes! E só assim poderemos derrotar esse governo e apear do poder quem nos ataca diuturnamente!