Hoje (21), a presidente do SINTED, professora Maria Diogo, concedeu uma entrevista para o RCN Notícias, para falar sobre o Fundeb.
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) tem sido um instrumento extraordinário para aumentar o número de matrículas nas escolas públicas. Porém, a vigência do fundo especial está assegurada somente até 31 de dezembro de 2020. Caso não seja renovado, quase metade das escolas públicas do país poderão fechar as portas.
A PEC, que inicialmente seria votada ontem (20), foi adiada para esta terça-feira, às 13h, com uma proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de desviar parte do fundo para investir no Renda Brasil, programa que deve substituir o Bolsa Família.
Maria Diogo afirma que o dinheiro da pasta da educação deve ser investido somente na educação. “Não há porque fazer transferência direta do dinheiro da educação para assistência social. Nós entendemos a necessidade desses aportes, mas não com o dinheiro da educação”, explica.
“Nós acreditamos que, hoje, com essa junção de pessoas e entidades representativas da educação em torno da aprovação do Fundeb, possamos derrotar essas emendas por parte do governo federal, que caminham na contramão de tudo o que defendemos para avanços no financiamento público da educação”.
“Sem o Fundeb, as escolas param. Por isso pedimos para que a população, trabalhadores da educação e pais continuem as mobilizações pelas redes sociais em apoio a PEC 15”, reforça.
Sobre o retorno das aulas, a presidente afirma que é contra, devido aos casos de coronavírus em Três Lagoas. “Enviamos um ofício para a prefeitura, fazendo solicitações de segurança sanitária para os trabalhadores da educação que se encontram na linha de frente. Na oportunidade reiteramos pedido de testagem para servidores que tenham tido contato direto com pessoas que contraíram o vírus e o imediato afastamento das funções”.
Durante a entrevista, foi falado sobre a contratação dos professores de projetos Socioeducacionais. “Encaminhamos um ofício para a prefeitura perguntando o porquê não foi contratado, mas não fomos respondidos. Não queríamos ter que interpelar a justiça, porém não tivemos escolha”, finaliza.