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Coletivo (R)EXISTÊNCIA celebra mês do Orgulho LGBTQIA+ com sarau online

Coletivo R EXISTÊNCIA

O Coletivo R EXISTÊNCIA vem celebrar o mês do Orgulho LGBTQIA+ em grande estilo. Em tempos de distanciamento social causado pela Covid-19, optamos por não deixar essa data tão importante nas lutas silenciada, e assim apresentamos a primeira versão do Sarau do Orgulho in Live. Um evento totalmente interativo com diversas apresentações de música, dança, poemas e performances.

Será neste sábado, 27 de junho, a partir das 19h (MS), em nossa página no Facebook @coletivoR Existência. Vista seu melhor look e venha celebrar conosco essa data tão importante. Não se esqueça de postar sua foto assistindo a live, utilizando nossas hashtags #liveRExistência3l #sarauinlive #coletivorexistencia3l, para sabermos que você está celebrando conosco.

Confira as atrações deste sábado (27):

Por que a gente ainda não tem amiga trans/travesti? – por Rafael Borges

Dias atrás em uma roda de amigos entre cervejas e risadas surgiu o assunto da transexualidade; refletindo, percebemos que essas pessoas não fazem parte de nossa vida cotidiana. Quando eu falo cotidiana, me refiro a participar efetivamente em: almoços, festas de aniversário, rolezinhos de bares e afins.

Nós não convivemos com pessoas trans. E isso é uma entre as muitas das estratégias que o Estado, a mídia e tudo aquilo que pauta e organiza nossa socialização, criou para que a gente não convivesse com pessoas trans./travesti; isolando-as, mostrando que o lugar delas são os piores: HIV, promiscuidade, drogas, problemas psicológicos, pessoas violentas (vide a história da navalha – “não chegue perto delas, travesti andam com navalha”), prostituição.

Renata Carvalho, uma atriz transpóloga*, disse recentemente em uma entrevista que existe a transfobia estrutural e ela ressalta que quando falamos de estruturas significa que fomos ensinados, que crescemos aprendendo: a não gostar, a rir, a masculinizar, a não ter por perto e principalmente, ter medo.

 Quando falamos em travesti, é nisso que pensamos: pessoas da noite, que ficam na esquina, “rodando bolsinha”, debaixo de um poste de luz amarela piscando e ela rezando para não queimar porque pra ela comer, ela precisa ser vista. A exclusão faz parte da construção da identidade travesti desde o dia que esse corpo se torna visível para a sociedade.

Mas eles também não dizem que as pessoas trans./travesti além de todo o espancamento moral, são as que mais morrem no Brasil. Todos os dias. Elas são isoladas pelo Estado, que recentemente começaram um movimento de criação de políticas públicas, por exemplo, como se pessoas trans./travesti começassem a “surgir” agora, depois que “a novela mostrou” que elas existem.

Não bastasse o Estado e a sociedade, elas também são isoladas por nós LGBTs, que não fazemos esse tipo de pergunta, que vivemos num mundo binário (ou é homem ou é mulher). Ou então que identificamos travesti como homem afeminado. E não é isso. Também não somos educados a pensar assim, a questionar assim.

Essas questões me vieram à tona quando pude conhecer uma travesti, no final do ano passado, que veio para mudar e quebrar todos os paradigmas que eu carregava sobre ter/ ser amigo de pessoas trans./travestis. Esta hoje se tornou uma grande amiga, tão amiga que costumo chamá-la de filha, carinhosamente. E com isso começou a fazer parte da minha vida efetivamente.

Apesar disso, ela passou por vários momentos de transfobia dentro da minha casa: um lugar que eu acreditava ser o mais seguro para receber todos meus amigos LGBTs. Desde piadas sobre seu corpo até dúvidas sobre a sua travestilidade. E esses acontecimentos trouxeram essas reflexões acerca destes corpos tão marginalizados e oprimidos pelo sistema heternormativo patriarcal.

Tenho certeza que o que me fez pensar nisso foi a militância. E mais do que “ah, você é daquela galera dos direitos humanos, do politicamente correto, ‘descansa militante’” e tantas outras frases que querem nos reduzir e silenciar. Compreendo que o papel da militância é o de intervir diretamente a favor de qualquer discriminação, sobretudo se uma destas pessoas forem aquelas que compõem as letras da diversidade. Porque quanto mais nós mudamos de classe social e econômica, começamos a circular em espaços elitizados – como a universidade, por exemplo – menos a gente convive com essas pessoas.

A transfobia está dentro de nós. É um papel nosso inverter isso. Se essas violências sistemáticas acontecem por décadas e, ainda assim, em pleno 2020, não conseguimos ver como “normalidade” as amizades entre pessoas cisgêneras e pessoas trans/travestis, é plausível afirmar que isso ainda é uma problemática estrutural e que cabe a nós enquanto sociedade repensar essas relações de afeto e amizade.

* Transpóloga: terminologia usada por Travestis e Transexuais que estudam seus corpos e os corpos trans na sociedade. Equipare-se a palavra antropóloga.

O PROFESSOR LGBT NA ATUALIDADE

Rafael Diogo Borges
é Professor e coordenador do Coletivo de militância LGBTQIA+ (R) EXISTÊNCIA, formado em Letras e Artes Visuais.

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), no interior de São Paulo, revela que 42% dos educadores homossexuais sofrem preconceito dentro das salas de aula e que, de forma geral, não sabem reagir apropriadamente diante das agressões no ambiente escolar.

Desde 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais tratam da necessidade da educação sexual, o que inclui, entre outros debates, discussões sobre orientação sexual e identidade de gênero em sala de aula. A ideia é que os temas sejam abordados de forma transversal, em diversas disciplinas durante a educação básica, sempre de forma adequada ao período de desenvolvimento e à idade dos alunos.

 Mais recentemente, no entanto, termos como gênero e orientação sexual foram suprimidos da Base Nacional Comum Curricular e diversos projetos de lei apresentados nas câmaras legislativas e no Congresso têm como objetivo excluir o tema por completo do universo escolar em um movimento que vai à contramão da aceitação da diversidade.

O medo de perder o emprego é comum entre os profissionais da comunidade LGBT. Uma sombra que, por vezes, já os fez esconder a homossexualidade e, mesmo hoje, após decidirem que não iriam negar quem são, os fazem agir com cautela.

Imaginar um homossexual docente, sério e responsável foge do padrão que foram criando dentro da escola. Este é um processo que por muito tempo vem sendo travado na comunidade escolar visto que a afirmação da identidade traça uma visão preconceituosa e deturpada desses profissionais.

Neste caso, para um professor que já é homossexual assumido em seu ambiente de trabalho, talvez se torne mais fácil à convivência, entretanto quando se assume posteriormente, as relações podem sofrer modificações. Entretanto, pode ser que haja um preconceito velado, neste caso porque o professor se comporta da maneira que é esperada pela sociedade e pelo ambiente escolar.

Podemos assim dizer que na escola se produz um ato silenciador no tocante à homossexualidade, tanto para com os professores que assim se assumem, como para os alunos, que precisariam de orientações na perspectiva de aceitação própria e aceitação do outro; percebemos ainda que ela é um espaço onde as posições e relações aparecem e acontecem de acordo com o perfil pedagógico.

Em suma podemos notar que, em diversos espaços sociais, os professores tendem a deixar explicitamente suas identidades, porém, dentro da comunidade escolar e em sala de aula, os professores tendem a não dar visibilidade a sua sexualidade. Pelo fato da escola pautar a heterossexualidade como norma e princípio. Sendo esses espaços responsáveis pelo desenvolvimento integral e social dos sujeitos, se transfigura como local de violência e repressão, pautando a homofobia, transfobia, bifobia, lesbofobia entre outros discursos de ódio para com os sujeitos que “fogem da norma reguladora.”.

O cotidiano escolar deve fazer nascer um espaço de menos desigualdade, potencializando a criticidade na vivência dos sujeitos, percebendo e compreendendo que as diferenças existem e reconhecer que através das dimensões da diversidade, porque ela é um recurso que enriquece o ambiente escolar, surjam indivíduos mais atuantes e que façam a diferença numa sociedade que ainda é carregada de preconceito e estigmas.

O MACHISMO

PRÁXIS – por Antônio Rodrigues Belon

Vivemos – mulheres, homens, jovens, velhas e velhos, sem distinção – na sociedade capitalista, de classes. No Brasil, um pais ocupante de um lugar específico no sistema mundial. Uma nação localizada em relações internacionais, obviamente.

A ideologia machista e patriarcal deita raízes profundas neste solo. Impregna os homens (que oprimem) e as mulheres (que são oprimidas). A opressão é exercida, vivida e percebida como “natural”.

Quem vive adquire uma forma de consciência. Então é legítimo propor uma dessas formas. Não acreditar em ideias sem bases materiais. Saber da impossibilidade de renovar a existência humana sob o capitalismo.

Nós somos iguais às outras pessoas. Mas a cada minuto podemos começar uma origem. De fato, recomeçar – nas dimensões da classe trabalhadora – uma perspectiva de uma vivência humana, social, em plenitude. 

Mas um diferencial existe: um programa revolucionário de mudança. De mudança dessa sociedade pela luta. Estudar, agir, fazer a revolução.

A questão das opressões entra nesta concepção. Torna-se um item básico nesta pauta.

Os homens e as mulheres – enquanto membros da classe trabalhadora – se encampam essas lutas nas associações, nos sindicatos, nas centrais, nos partidos, começam – de imediato – a abolição de todas as formas de opressão, a começar pelo machismo.

Uma luta em dois aspectos: o externo, geral; e, o interno, singular, individual. Interno na vida, no ser, na existência individual.

UMA PEQUENA CRÔNICA SOBRE BARRIGAS

Antonio Rodrigues Belon

Um dia chorei na barriga de um avião.
Decolava do aeroporto de Buenos Aires – o Aeroporto Internacional de Buenos Aires-Ezeiza. Voltava cheio de saudades e encantos.
Minha mãe, já falecida, era argentina. Fiz uma associação emocional – não chore por mim, argentina, a minha mãe. Não chore por mim, Argentina, essa terra um pouco minha.
E inteiramente minha, pela sua classe trabalhadora, pela minha gente trotskista. Do ventre de minha mãe, ao ventre daquela aeronave, atmosfera argêntea. A argentina não chora mais por mim; a Argentina nem sabe de mim; eu choro, mas também me entrego, de corpo e ser, a uma luta encarniçada pela revolução.
O fluir das lutas, dos tempos e dos lugares, é parte desta transição.
Qual um Jonas aéreo alinhavo estas palavras.

A SECA E A LIÇÃO DOS IPÊS UMA BREVE REFLEXÃO

Uma forte seca vai assolando os campos
Novas belezas vão surgindo na imensidão
Elegância dos ipês enfeitam as paisagens
Variadas cores vão embelezando o sertão…

A desolação do verde dá lugar a elegância
Aguardando o final da seca com confiança
Somente a recordação das lutas travadas
Nos coloridos ipês revestidos de esperança…

Que esta seca seja uma mera recordação
De um período que só passou pelo sertão
Sendo os ipês nítidos embaixadores da paz
Nas cores e nos perfumes desta reflexão…

Mensageiros da paz em belos ramalhetes
Um espetáculo da natureza em nítida cor
Louvam a Deus embelezando os campos
Retrato incondicional do amor do criador…

Que continuem a incentivar os meus versos
Presenteado sempre um poema inspirador
Que vê nos ipês um exemplo a ser seguido
Superando variadas adversidades e toda dor…

Prof. Poeta Gabriel do Nascimento Carvalho,

01/08/2019 Direitos reservados ao autor sob a Lei de Direitos Autorais nº 9.610/98

BIBLIOGRAFIA – APRESENTAÇÃO
PROF. POETA GABRIEL DO NASCIMENTO CARVALHO

Nasci em Três Lagoas em Janeiro de 1978, e depois de alguns meses minha família mudou-se para Selvíria – Mato Grosso do Sul. Fui Criado praticamente em Selvíria e aqui cresci, estudei e me formei em Pedagogia pela FAISA – Faculdade de Ilha Solteira/SP. Ainda na minha adolescência, comecei a escrever meus primeiros textos poéticos, tendo o incentivo dos meus professores Izabel Jardim da Silva e José dos Santos Meira que me ajudaram muito na leitura e na escrita dos meus poemas. Por falta de organização da minha parte, perdi muitos poemas no decorrer do tempo por não ter em mente a edição de um livro.
Falar do poeta em si não é uma tarefa fácil. Todo poeta surge quando há um encontro verdadeiro consigo mesmo, transformando-se em arte seu protesto, suas angústias, ansiedades e progressos. Na maioria das vezes, todo poeta surge com as questões do coração, onde uma musa inspira poemas apaixonados e dedicados. Com o passar do tempo, a poesia vai amadurecendo e começamos a escrever sobre o que acontece a nossa volta, como homenagens que fazemos às nossas mães e pais, a cidade que moramos, os problemas que nos confrontamos e tudo aquilo que esperamos que se torne digno para outras pessoas em situações sociais.
Aprecio a boa poesia e principalmente quando o poeta faz sua declamação, mostrando todo sentimento que além das letras fica para todos que assistem naquele momento. Sou fã dos poetas Manoel de Barros, Vinícius de Moraes, Manoel Bandeira e o escritor Monteiro Lobato. Dos escritores Consagrados, admiro os escritores Machado de Assis, Aloizio de Azevedo e os versos do Poeta Vaz de Camões.
Na escola que trabalho, sempre costumo presentear os professores com poemas sobre os vários temas que em uma hora ou outra, surgem pelas minhas inspirações e que eles leem aos seus alunos e muitas vezes esses poemas tornam-se atividades em sala de aula, o que é para mim uma honra como poeta. Mantenho aqui na escola que trabalho um mural de poemas onde os alunos apreciam junto com os professores de artes os valores poéticos e muitas vezes inspiram–se a escrever. Aqui na minha realidade, sou conhecido como poeta escolar, por trabalhar como Secretário Escolar em uma escola no período diurno e no período noturno sou professor substituto em outras escolas.

A QUESTÃO AMAZÔNICA

Afinal, a quem pertence a natureza? Quem a fez? Quem tem o direito de destruí-la?

Se respondermos a essas perguntas com isenção chegaremos às seguintes respostas:

– A natureza pertence ao mundo, ou seja, ao planeta;

– Para os credos, foi Deus quem a fez e para os incrédulos foi a evolução natural do Universo (para mim os dois se conjugam);

– Com base nas respostas acima, ninguém tem o direito de destruí-la.

Assim, independente de países ou governos, toda a humanidade tem o dever de preservar a natureza. O nosso futuro está ligado à sua manutenção e como NINGUÉM É DONO DO MUNDO, ninguém pode autorizar agressões ao meio ambiente, podendo ser considerado um criminoso global se o fizer.

A Amazônia não pode ficar subordinada a nenhum país porque ela pertence ao mundo, a Deus! É só lembrarmos que na realidade não existem fronteiras, elas foram criadas pelos homens de má vontade. Todos somos parte de uma nave: o nosso planeta!

Temos o dever de preservar Gaia!

Petrônio Filho

MOMENTO DE CRISES

Quem estuda História sabe que toda sociedade passa por momentos de crises econômicas, políticas, sociais e de paradigmas. Pelo que estamos acompanhando na esfera nacional e mundial, neste momento vivemos essas crises.

O “desencanto” das pessoas em relação às instituições e seus líderes nos atingiu em cheio. Políticos, empresários, religiosos e sindicalistas estão em meio a um furacão de críticas e agressões. Grupos ideológicos se digladiam de forma violenta. Boa parte da população está meio que atônita ao ver tantos desencontros. Vivemos um verdadeiro “Deus nos acuda”!

O que fazer?

“Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima!”

É justamente isso que temos que fazer. Recomeçar!

Continuar na “deprê” não vai resolver nada! Continuar com raiva também. Vamos garimpar nossos melhores nomes (em todas as áreas) entre aqueles que comungam com a nossa forma de pensar o mundo. Não adianta virar de lado pensando em vingança: “O feitiço pode virar contra o feiticeiro”, como está acontecendo.

Não é momento de fuga, mas sim de enfrentamento (no bom sentido).

Não é momento de raiva, mas sim de raciocínio.

Não é o momento de agredir, mas sim de unir.

Não é o momento de apontar, mas de participar.

“Yes! We can!” Disse Obama aos estadunidenses que estavam desacreditados. Ele mostrou que era possível sim realizar a paz com todos os povos buscando o diálogo.

Podemos dizer o mesmo em relação ao que estamos passando neste momento.

Não podemos desistir de nossos sonhos porque meia dúzia errou.

Não podemos recuar na busca de uma sociedade igualitária.

Não podemos recuar na luta pelo fim da miséria.

Não podemos recuar na distribuição de renda.

Não podemos deixar de ser brasileiros e de ser cristãos!

Petrônio Filho

NEM-NEM DO PÃO E NEM-NEM DA LIÇÃO

PRÁXIS por Antônio Rodrigues Belon

Indicativos amplamente divulgados e conhecidos assustam. Largo percentual dos jovens não completam o ensino fundamental. Ficam longe da escola. Não retornam a ela. Sem lição.

E não encontram empregos. Sem estudo e sem trabalho. Nem escola nem emprego. O impacto de tudo isso é muito grande nos jovens das camadas populares. Nas esquinas periféricas eles se amontoam sem horizontes. Sem pão.

Esta situação piorou nos últimos anos. Nas costas e na pele das gentes jovens da classe trabalhadora ficam as marcas. Isto fala mais alto do que as estatísticas. Pelas esquinas das cidades brasileiras o retrato configura-se. Nem pão nem lição; falta de rumos.

A geração nem-nem cresce sem saber para onde ir. Sem sentido e sem direção.

Milhões de pessoas sem emprego no Brasil. Boa parte é da geração nem-nem. Nem emprego, nem estudo; nem vida alguma. Nem nada.

Uma grande parte dos empregos atuais é composta por trabalhos inteiramente precários. Surgem atividades de baixíssima remuneração.  Os baixos pagamentos se aliam às exigências de graus de escolaridades maiores. Contraditoriamente, estudar mais anda de mãos dadas com ganhar menos. A escola sem valor; o trabalho sem valor.

E a educação?

Entre o trabalho e a educação vive uma faixa etária em final da adolescência e começo da vida adulta. Vive a juventude nem-nem.  Juventude perdida; gerações perdidas.

O mundo do trabalho, na sua expressão como mercado, no capitalismo, exige o aumento da escolaridade. E os governos não investem valores satisfatórios em Educação. Nem pensar.

Que conclusão tirar?

A educação não é prioridade neste país. Se a prioridade dos governos fossem uma educação de qualidade, teríamos conseguido diminuir consideravelmente os analfabetismos. O analfabetismo absoluto; e, o funcional. Seria um reencontro para as gerações perdidas.

Mas valem outras prioridades. Os pagamentos das dívidas – ou seja, dominam as relações entre os governos e o capital, as empresas. Os pagamentos de dívidas para os ricos estão acima dos investimentos nas áreas sociais, para os pobres. Dizer pobres é dizer trabalhadores, empregados e desempregados.

Sucessivas contrarreformas recebem a denominação de reformas – disto e daquilo.

As mobilizações sociais seguem nas ruas por educação e empregos. Isto é importante para a juventude. A juventude exige empregos, saúde e educação de qualidade. Exige um futuro digno, com mais direitos. Chega de nem-nem. Nem isto nem aquilo: estômago e cabeça.

É possível vencer nesta luta. Para isso, é necessário exigir do governo outra política econômica. Uma política econômica a serviço dos trabalhadores, não dos banqueiros. Ou mais que isto; nunca menos.