Petrônio Filho com Tero Queiroz, Midiamax, em 06/07/21
A escola de ensino particular bilíngue Harmonia, em sua unidade três, em Campo Grande, está sendo acusada de demitir professores que tocam em temas considerados proibidos pela escola como a questão de gênero, a homofobia e assuntos políticos. Uma educadora disse: “Não pode se manifestar. Eles me disseram que se eu quisesse trabalhar lá teria que fechar minhas redes sociais ou nem me manifestar”.
Um professor de fotografia foi demitido após analisar com os alunos a questão do racismo estrutural. Outra educadora ouvida pela reportagem falou: “Ele foi demitido por isso, porque quis orientar os alunos. Os professores de arte lá não podem ensinar nada é só para enrolar, uma aula de recreação, sabe? Não podem falar de história, nada. As crianças ficam pintando caixa de fósforo, só enganação”.
Outra professora teve sua aula interrompida e foi mandada embora sem nenhuma explicação. Segundo ela, o motivo teria sido pela sua orientação sexual.
“Orientamos e prezamos pelo bom senso sobre posicionamentos em redes sociais para quaisquer colaboradores da Instituição”, justificou a empresa de educação, sobre a situação de privar que os professores se posicionem politicamente nas redes sociais. Pela resposta, a inexistência de uma opinião política é o que a escola considera “bom senso”.