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O PROJETO FUTURE-SE E O FUTURO DA UNIVERSIDADE PÚBLICA

O PROJETO FUTURE-SE E O FUTURO DA UNIVERSIDADE PÚBLICA 1
O PROJETO FUTURE-SE E O FUTURO DA UNIVERSIDADE PÚBLICA 2
PAULO FIORAVANTE GIARETA é Professor e Pesquisador sobre Políticas Educacionais.

O MEC apresentou, nos últimos meses, uma proposta de reestruturação da gestão financeira, patrimonial e didático-científica das Universidades e Institutos Federais. A proposta, denominada de Future-se, apresenta-se como um documento genérico, limitado do ponto de vista técnico administrativo e profundamente agressivo ao disciplinamento constitucional formalizado no Artigo 207 (Constituição Federal de 1988), que garante a autonomia administrativa, de gestão financeira, patrimonial e didático-científica da Universidade.

Convém compreender a proposta do Future-se como expressão aguda de uma agenda política em curso no Brasil desde a adoção da política de ajuste fiscal às avessas, de 2014, penalizando a educação com contingenciamentos bilionários, situação que se agravou com a aprovação, em 2017, da denominada PEC do Teto de Gastos, congelando o investimento real em educação para os próximos 20 anos. Agenda agressiva que ganha contornos dramáticos em 2019 com a chamada política de contingenciamento imposta pelo governo federal, inviabilizando a possibilidade real de gestão das Universidades e Institutos Federais. Cenário que parece justificar a destituição da compreensão do princípio constitucional da Autonomia de Gestão Financeira da Universidade, passando a compreendê-la, a partir da proposta do Future-se, restritivamente, pelo conceito de Autonomia Financeira, que na prática busca responsabilizar as próprias instituições pela captação, no mercado, dos recursos demandados pelo seu orçamento.

Destaca-se que o contingenciamento não se restringe ao orçamento direto das Universidades, mas afeta aos demais ministérios e agências de fomento à cultura, ciência e tecnologia, inviabilizando projetos de promoção cultural e de produção científica nas universidades – instância que concentra 90% da pesquisa desenvolvida no Brasil -, forçando certa seletividade mercadológica dos projetos que devem ser desenvolvidos nas Universidades, impactando de forma irreversível sobre a autonomia didático – científica da Universidade.

Soma-se, a isso, a possibilidade de penhora do patrimônio das Instituições como forma de garantia para captação de recursos no mercado financeiro e a transferência integral da gestão, inclusive, da forma de contratação e avaliação da produção docente, para agentes privados denominados de OS – Organizações Sociais, desfigurando as conquistas históricas dos Planos de Carreira docente, que muito contribuíram para elevar as Universidades Públicas brasileiras ao patamar das melhores instituições do mundo, e descaracterizando integralmente o princípio constitucional da Autonomia da Gestão Patrimonial.

Por fim, compreende-se o Future-se como um ataque inconstitucional, mercadológico e irresponsável, que implicará, em termos práticos, numa proposta inviável do ponto de vista da gestão, na destituição do caráter científico da Universidade, no reducionismo pedagógicos da Universidade à função do ensino, da completa instabilidade contratual dos trabalhadores da educação a ela vinculados, no total desamparo público e democrático das formas de acesso e permanência dos estudantes nas Universidades e Institutos Federais e na desobrigação do estado para com o orçamento universitário.

Proposição que implicará no abandono, por parte das Universidades, especialmente daquelas comprometidas com a democratização do acesso à formação superior no interior do país, dos indicadores de fomento para o empreendedorismo cultural, tecnológico e científico e o apego progressivo a indicadores  de fomento a um empreendedorismo de baixa complexidade.

Em tempo: o caráter irresponsável do projeto está no fato de que ele se justifica pela afirmativa de que esta proposta tornaria nossas universidades mais modernas e próxima ao que acontece no mundo desenvolvido, afirmando que nestes países a pesquisa e a Universidade são financiadas, majoritariamente, por recursos privados. Mas, se analisarmos os Estados Unidos, por exemplo, 95% das pesquisas são financiadas com recurso público. Se um país como os EUA não consegue, por que devemos crer que o Brasil conseguirá?

Três Lagoas irá sediar o próximo Congresso da Educação em 2022

Três Lagoas irá sediar o próximo Congresso da Educação em 2022 3

O Congresso Estadual da FETEMS é o maior encontro de educadores do Centro-Oeste, onde debate assuntos como a qualidade do ensino público sul-mato-grossense, a valorização dos trabalhadores em educação e a Conjuntura Sindical e Política em âmbito Estadual e Nacional.

Nos dias 19 a 21 de setembro foi realizado o 27º Congresso Estadual da FETEMS “Professora Maria Ildonei de Lima Pedra” rumo ao Centenário Paulo Freire, no Centro de Convenções, em Bonito – MS. A delegação de Três Lagoas e Selvíria esteve presente no grande evento, que contou com a presença de 1200 delegados dos 74 SIMTED’s da Educação Pública de Mato Grosso do Sul.

No primeiro dia, houve o credenciamento às 9 horas da manhã, e mais tarde, a abertura oficial com a leitura e aprovação do Regimento do 27º Congresso Estadual. Também foi feita uma linda homenagem à professora Maria Ildonei de Lima Pedra, que deu nome ao Congresso este ano.

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Nossa vice-presidenta do SINTED e vice-regional da FETEMS, Valdenia Almeida, na organização do credenciamento dos trabalhadores da educação no primeiro dia do Congresso.

Já no segundo dia (20), no período matutino, foi composta uma mesa de debates sobre a Conjuntura Internacional, Nacional, Estadual, e os Desafios para a Democracia e para os Trabalhadores e as Trabalhadoras. Durante o evento houve palestras, apresentações de dança, homenagens e momentos de descontração e interação com músicas e danças.

Ainda no mesmo dia, as aposentadas do SINTED de Três Lagoas e Selvíria fizeram uma linda apresentação das Mulheres que Brilham, abrindo o Painel “As Lutas dos(das) Funcionários(as) Administrativos(as) da Educação e dos Aposentados e das Aposentadas”, onde foi debatido propostas para a construção de um plano de luta dos administrativos e aposentados da educação.

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Leuslania Cruz de Matos representando o SINTED na luta dos Administrativos da Educação.

O terceiro e último dia se encerrou com a análise e mudanças no Estatuto da FETEMS, debate sobre as moções e abaixo-assinados contra as medidas do governo de Reinaldo Azambuja. Também foram realizadas apresentações culturais e votação para a a próxima sede do Congresso, onde Três Lagoas foi eleita, com a maioria dos votos, para sediar o próximo evento, no ano de 2022.

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“Nosso Sindicato agradece a todos os participantes que votaram em nossa cidade para sediar este grande Congresso, que com certeza, entrará para a história de Três Lagoas. Parabenizamos, também, nossos delegados que se mantiveram firmes na luta nesses três dias de evento, participando integralmente de debates para a melhoria da classe trabalhadora da educação”, finaliza Maria Laura Castro dos Santos, presidenta do SINTED.

O SINTED de Três Lagoas e Selvíria, em prol ao mês do setembro amarelo em combate ao suicídio, realizou uma entrega de girassóis e uma linda mensagem de companheirismo entre os trabalhadores da educação.

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Entrega dos girassóis aos trabalhadores da educação.

ATGLT, Coletivo Resistência, ADLeste e SINTED avaliam a 1ª Jornada LGBTQIA+

ATGLT, Coletivo Resistência, ADLeste e SINTED avaliam a 1ª Jornada LGBTQIA+ 8

A ATGLT, representada por Edimilson Cardoso e Paulinha Martinelly, e o Coletivo Resistência, representado por Rafael Borges e Sergio Almeida, junto com a ADLeste, representada pelo Fontoura Santos, estiveram no SINTED na manhã de hoje (17) junto com a nossa presidenta, avaliando a execução e os impactos da 1ª Jornada LGBTQIA+ de Três Lagoas e Região.

Além da avaliação positiva de todas as atividades e eventos desenvolvidos, destacou-se, na avaliação, a grande vitória de reunir os movimentos LGBTQIA+ e os sindicatos, já que a luta contra a LGBTfobia perpassa as questões de classe também.

ATGLT, Coletivo Resistência, ADLeste e SINTED avaliam a 1ª Jornada LGBTQIA+ 9

Também foi definido o planejamento e a execução da próxima Jornada LGBTQIA+, no ano de 2020. Na reunião de outubro será divulgada a Carta da 1ª Jornada LGBTQIA+ com as reivindicações da comunidade LGBTQIA+ organizada de nossa cidade.

Brasil, um país que não reconhece sua riqueza: a pluralidade dos povos indígenas

Brasil, um país que não reconhece sua riqueza: a pluralidade dos povos indígenas 10

Para o indígena Daniel Munduruku, a sociedade exclui as mais de 300 visões de humanidade dos povos tradicionais

A UNESCO declarou 2019 o Ano Internacional das Línguas Indígenas. No Brasil, mesmo com 305 etnias e mais de 200 línguas indígenas, a maioria da população não reconhece suas raízes e mal sabe de tamanha pluralidade que há no país.

Desde a invasão dos portugueses, em 1500, os povos indígenas sofrem por não se encaixarem no mundo dito como ‘civilizado’. “Na história do Brasil houve muitos desencontros e o nosso país foi constituído de uma narrativa a partir de um olhar sobre o mundo preconceituoso e sob uma única lógica, abafando as outras realidades”, critica o indígena Daniel Munduruku, escritor e pós-doutor em Linguística pela UFSCar, durante o encontro nacional da Rede do Programa de Escolas Associadas (PEA) à UNESCO, em Ouro Preto, Minas Gerais.

Sendo assim, essas outras realidades abafadas que Munduruku fala são as 305 etnias indígenas vivas no Brasil, cada qual com sua peculiaridade, sabedoria, costume e tradição e que antes da invasão era mais de 1.000, porém, foram exterminadas e, consequentemente, reduzidas drasticamente.

A luta dos indígenas é pelo mínimo

Aliás, respeitar a crença e costumes de todos e todas é uma das bases da Declaração Universal dos Direitos Humanos disseminada pela ONU. Mas, como o escritor indígena coloca, no Brasil, por muito tempo esse direito mínimo foi –  e em alguns casos ainda é – negado aos povos indígenas. Há uma mão única que é a história contada sob a visão eurocêntrica, à qual nega e desqualifica sua população tradicional.

“A escola foi o principal palco de reprodução de estereótipo com relação aos povos indígenas”, critica Daniel, uma vez que foi construído um imaginário que indígena que não mora na aldeia, que não vive pelado e com cocar não é indígena. “Essa imagem não fala de um índio do presente, fala do índio do passado, romantizado. Temos uma imagem congelada do índio porque ele é estereotipado, ele é folclórico, um ser que não existe e que está apenas no nosso imaginário”, completa.

Para o escritor indígena, um dos grandes equívocos do Brasil e que vem alimentando a educação do país é a falta de reconhecimento da pluralidade populacional, gerando uma falta de respeito com o próximo, com quem é diferente, afinal são 305 visões de humanidade que são forçadas a abrirem mão de suas identidades para se integrarem à sociedade para serem “civilizadas”.

O abraço é com a pluralidade

A Rede PEA-UNESCO é composta por 569 escolas públicas e privadas de todo o país representadas por seus gestores pedagógicos que buscam fortalecer a educação. Atenta a essa pluralidade, a Rede se esforça para incluir escolas voltadas às comunidades tradicionais.

A Escola Estadual Indígena Tenente Antônio João é uma das associadas. Localizada em Cucuí e pertencente ao município de São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, a única forma de se chegar à escola é pelo rio. Essa distância fez neste primeiro semestre do ano, por exemplo, os materiais atrasarem, revela o gestor Carlos Savio Gonçalves, do povo Baré. Ele conta que na escola falta estrutura tecnológica como internet e impressora. “Tudo é dificuldade por conta da distância, mas temos que saber lidar e continuar caminhando”, afirma o indígena.

Com 15 anos de experiência em direção escolar e 34 anos somando sua atuação de professor e diretor, Gonçalves confessa que sua aposta na educação é por uma causa coletiva “Educação é a base de tudo. Eu não penso só em mim, penso para a comunidade. Venho de família humilde, fiquei órfão aos seis anos”, desabafa.

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Carlos Savio é do povo Baré e trabalha há 34 anos na área da educação (foto: Laura Rachid)

Revista Educação

Brasil pede paz para educadores da Colômbia

Brasil pede paz para educadores da Colômbia 11
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Dirigentes da Internacional da Educação (IE), CNTE e Sinpro-DF foram à embaixada da Colômbia, nesta quinta-feira (12), em Brasilia, para pedir paz e segurança aos educadores daquele país. A atividade “Pela vida, pela paz e pela democracia na Colômbia” foi convocada pela IE e está sendo realizada simultaneamente pelas entidades filiadas da America Latina, em solidariedade à FECODE – Federação Colombiana de Educadores e à Associação Sindical de Professores Universitários da Colômbia (ASPU).

Roberto Leão, vice-presidente da Internacional da Educação e Secretário de Relações Internacionais da CNTE, Fátima Silva, vice-presidente da Internacional da Educação na America Latina e Secretária Geral da CNTE, Gabriel Magno, Secretário de Assuntos Jurídicos e Legislativos e Berenice Darc, Secretária de Relações de Gênero, foram recebidos pelo embaixador Darío Montoya Mejía e entregaram um ofício no qual descrevem a situação de muita violência e ameaças a educadores e a dirigentes sindicais por organizações paramilitares na Colômbia e pedem garantias de segurança e proteção.

Fátima Silva fez um breve histórico sobre a situação descrita pela FECODE- somente em 2019, três professores foram mortos, sendo que em dois já foi confirmada a relação do assassinato com a atividade profissional. Também comunicou ao embaixador que, motivados pela situação na Colômbia, a Internacional da Educação na América latina (IEAL) decidiu no Encontro Regional realizado no mês passado, em Bogotá, criar uma rede de monitoramento e denúncia de violações aos direitos humanos, laborais e sindicais do setor da educação.

O embaixador Montoya, disse que seu governo está comprometido com o prosseguimento às negociacões de paz, que se estende há sete anos. Ele afirmou que dentre os empecilhos ao acordo – as FARC e outros grupos guerrilheiros seguem na ativa —, é o financiamento dos narcotraficantes, cuja paz não interessa para os “negócios” e também à falta de previsão recursos orçamentários para formação e reintegração à sociedade dos integrantes dessas organizações paramilitares.


Segundo o embaixador, secretarias de educação têm tomado medidas administrativas de proteção da vida e integridade dos docentes ameaçados e a polícia está empenhada nas investigações para o rápido esclarecimento dos casos e punição aos culpados. “Essa é uma situação que dói e acontece em vários setores da sociedade, lamentavelmente os docentes estão entre as vítimas.”

CNTE

SED publica de FORMA UNILATERAL, no Diário Oficial, provas e avaliações dos (as) Diretores (as) e Coordenadores (as), no mesmo dia

SED publica de FORMA UNILATERAL, no Diário Oficial, provas e avaliações dos (as) Diretores (as) e Coordenadores (as), no mesmo dia 12

A Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul publicou hoje, dia 13 de setembro de 2019, no Diário Oficial n. 9.986, na Página 37, o Edital SED/MS n. 19/2019 de Avaliação de Competências Básica de Dirigente Escolar e na Página 44, o Edital SED/MS n. 21/2019 sobre o Processo Seletivo Interno – Função de Coordenador Pedagógico

A FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) informa que a SED fez a publicação sem o conhecimento da Federação.
Em reunião na semana passada da SED com a FETEMS e CONDEC a Secretária de Educação não informou sobre esta ação, tanto que no dia 12 de setembro, a FETEMS realizou uma Assembleia Extraordinária e este assunto não estava na pauta pois não era do nosso conhecimento.
Defendemos que todas as ações da SED, que envolvam a Educação, sejam discutidas com a FETEMS e com a categoria. É inaceitável, tomarmos conhecimento desta AVALIAÇÃO de Diretores (as) e Coordenador (as) pelo Diário Oficial.
É uma atitude de um governo autoritário e é inadmissível para a categoria tal arbitrariedade.
O governo e a SED demonstram que não querem diálogo com os Trabalhadores (as) em Educação ao publicar este tipo de AÇÃO que envolve toda a educação sem debater com a FETEMS que é a representante legal da categoria. E o fato de publicar em plena sexta-feira nos leva a entender que o objetivo é prejudicar a reação dos trabalhadores (as) e causar transtornos.
A FETEMS está se organizando e estará deliberando com os 74 SIMTEDs e com os (as) Profissionais em Educação durante o 27º Congresso Estadual, em Bonito-MS, onde estarão reunidos mais de 1200 trabalhadores (as) em Educação e irá definir uma agenda forte de lutas imediatas. 
Reafirmamos o que defendemos na nossa última Assembleia: a DEFESA INTRANSIGENTE DA GESTÃO DEMOCRÁTICA, das ELEIÇÕES DIRETA de Diretores; a Defesa da Educação Pública e dos direitos dos Trabalhadores (as) em Educação.
FETEMS na luta, sempre!

Assessoria FETEMS

UMA PEQUENA CRÔNICA SOBRE BARRIGAS

UMA PEQUENA CRÔNICA SOBRE BARRIGAS 13
UMA PEQUENA CRÔNICA SOBRE BARRIGAS 14
Antonio Rodrigues Belon

Um dia chorei na barriga de um avião.
Decolava do aeroporto de Buenos Aires – o Aeroporto Internacional de Buenos Aires-Ezeiza. Voltava cheio de saudades e encantos.
Minha mãe, já falecida, era argentina. Fiz uma associação emocional – não chore por mim, argentina, a minha mãe. Não chore por mim, Argentina, essa terra um pouco minha.
E inteiramente minha, pela sua classe trabalhadora, pela minha gente trotskista. Do ventre de minha mãe, ao ventre daquela aeronave, atmosfera argêntea. A argentina não chora mais por mim; a Argentina nem sabe de mim; eu choro, mas também me entrego, de corpo e ser, a uma luta encarniçada pela revolução.
O fluir das lutas, dos tempos e dos lugares, é parte desta transição.
Qual um Jonas aéreo alinhavo estas palavras.

A SECA E A LIÇÃO DOS IPÊS UMA BREVE REFLEXÃO

A SECA E A LIÇÃO DOS IPÊS UMA BREVE REFLEXÃO 15

Uma forte seca vai assolando os campos
Novas belezas vão surgindo na imensidão
Elegância dos ipês enfeitam as paisagens
Variadas cores vão embelezando o sertão…

A desolação do verde dá lugar a elegância
Aguardando o final da seca com confiança
Somente a recordação das lutas travadas
Nos coloridos ipês revestidos de esperança…

Que esta seca seja uma mera recordação
De um período que só passou pelo sertão
Sendo os ipês nítidos embaixadores da paz
Nas cores e nos perfumes desta reflexão…

Mensageiros da paz em belos ramalhetes
Um espetáculo da natureza em nítida cor
Louvam a Deus embelezando os campos
Retrato incondicional do amor do criador…

Que continuem a incentivar os meus versos
Presenteado sempre um poema inspirador
Que vê nos ipês um exemplo a ser seguido
Superando variadas adversidades e toda dor…

Prof. Poeta Gabriel do Nascimento Carvalho,

01/08/2019 Direitos reservados ao autor sob a Lei de Direitos Autorais nº 9.610/98

BIBLIOGRAFIA – APRESENTAÇÃO
PROF. POETA GABRIEL DO NASCIMENTO CARVALHO

A SECA E A LIÇÃO DOS IPÊS UMA BREVE REFLEXÃO 16

Nasci em Três Lagoas em Janeiro de 1978, e depois de alguns meses minha família mudou-se para Selvíria – Mato Grosso do Sul. Fui Criado praticamente em Selvíria e aqui cresci, estudei e me formei em Pedagogia pela FAISA – Faculdade de Ilha Solteira/SP. Ainda na minha adolescência, comecei a escrever meus primeiros textos poéticos, tendo o incentivo dos meus professores Izabel Jardim da Silva e José dos Santos Meira que me ajudaram muito na leitura e na escrita dos meus poemas. Por falta de organização da minha parte, perdi muitos poemas no decorrer do tempo por não ter em mente a edição de um livro.
Falar do poeta em si não é uma tarefa fácil. Todo poeta surge quando há um encontro verdadeiro consigo mesmo, transformando-se em arte seu protesto, suas angústias, ansiedades e progressos. Na maioria das vezes, todo poeta surge com as questões do coração, onde uma musa inspira poemas apaixonados e dedicados. Com o passar do tempo, a poesia vai amadurecendo e começamos a escrever sobre o que acontece a nossa volta, como homenagens que fazemos às nossas mães e pais, a cidade que moramos, os problemas que nos confrontamos e tudo aquilo que esperamos que se torne digno para outras pessoas em situações sociais.
Aprecio a boa poesia e principalmente quando o poeta faz sua declamação, mostrando todo sentimento que além das letras fica para todos que assistem naquele momento. Sou fã dos poetas Manoel de Barros, Vinícius de Moraes, Manoel Bandeira e o escritor Monteiro Lobato. Dos escritores Consagrados, admiro os escritores Machado de Assis, Aloizio de Azevedo e os versos do Poeta Vaz de Camões.
Na escola que trabalho, sempre costumo presentear os professores com poemas sobre os vários temas que em uma hora ou outra, surgem pelas minhas inspirações e que eles leem aos seus alunos e muitas vezes esses poemas tornam-se atividades em sala de aula, o que é para mim uma honra como poeta. Mantenho aqui na escola que trabalho um mural de poemas onde os alunos apreciam junto com os professores de artes os valores poéticos e muitas vezes inspiram–se a escrever. Aqui na minha realidade, sou conhecido como poeta escolar, por trabalhar como Secretário Escolar em uma escola no período diurno e no período noturno sou professor substituto em outras escolas.

Conheça a história da professora que fez hambúrgueres para os alunos

Conheça a história da professora que fez hambúrgueres para os alunos 17

‘Tia, eu sei desenhar um hambúrguer, mas nunca comi. Eu já sonhei que comia’, disse uma aluna de Ludmila Cruzal

Durante uma aula sobre a letra H, a professora Ludmila Cruzal perguntou aos alunos da educação infantil se eles gostavam de hambúrguer. Na turma de crianças de 5 e 6 anos da escola pública em que ela trabalha em Magé, no Estado do Rio de Janeiro, uma resposta deixou Ludmila sem palavras: “Tia, eu sei desenhar um hambúrguer, mas nunca comi. Eu já sonhei que comia.”

“Eu fiquei com o coração partido e me contive para não chorar na frente deles. Metade da turma nunca tinha comido hambúrguer. Dos que tinham, a maioria foi em barraquinhas simples”, relata a professora ao E+, emocionada. 

Ludmila vive entre duas realidades. Pela manhã, ela dá aula em escola pública em uma comunidade de Magé, e no período da tarde tem uma turma de escola particular na cidade.

Em ambas as escolas, ela pediu que os pequenos escolhessem entre ‘hipopótamo’, ‘hospital’ e ‘hambúrguer’ para praticar o uso da letra H. “Na particular, faz parte da realidade deles ir ao zoológico e ver o hipopótamo, ir ao McDonald’s e comer um hambúrguer”, explica. Mas na pública foi diferente. “Eles escolheram o hambúrguer porque um aluno estava muito feliz por ter ido pela primeira vez ao McDonald’s com a ‘dinda’, a madrinha dele.”

Ludmila relembra que uma coleguinha perguntou ao menino o que vinha dentro da caixinha do lanche. ‘É verdade que vem briquedo?’

Com o ‘coração partido’, como ela mesma diz, decidiu tomar uma atitude. Assim que recebeu o salário, organizou uma ‘hamburgada’ para os pequenos, com autorização da nutricionista e da direção da escola.

Ela levou pães frescos, hambúrguer, alface, condimentos… “Tudo para ficar bem parecido com o lanche do McDonald’s”, com o qual os pequenos literalmente sonham.  

A alegria dos alunos foi registrada em um cartaz na sala. “Realizou meu sonho. Agora pode fazer pizza”, escreveu Ambrósio. “A tia arrasou”, comemorou Guilherme. Mas, entre as respostas, uma emocionou Ludmila. “Meu primeiro hambúguer, queria levar para casa, meu irmão ia gostar também”, disse Henrique. 

“Ele se preocupou com o irmão, que não estava lá. Deixei que ele levasse alguns que sobraram para casa”, conta a professora.

Ludmila recebeu muitas mensagens de apoio e carinho nas redes sociais. “Infelizmente não tenho condições de comprar um McLanche Feliz para cada um, mas um pouquinho de alegria tenho certeza que conseguirei”, escreveu no Facebook.

Fonte: Estadão

Confira o relato:

“Sou professora de educação infantil e gostaria de compartilhar uma experiência com vcs que aconteceu em minha sala de aula. Vivo duas realidades completamente diferentes, pois em um horário trabalho em uma escola( creche) pública e no outro turno em uma particular( professor tem q ralar o dia todo né?!?! )rsrs
Ao retornar do recesso escolar, na escola pública, fui apresentar a letrinha “H” e dei algumas opções para que votassem qual gostariam de escrever e aprender melhor✍ ” Hipopótamo/ Hospital/ Hambúrguer…”
Eles escolheram… HAMBÚRGUER pq um aluno foi ao Mc Donald e contou sua experiência para seus amiguinhos.
” Levanta a mão quem gosta de hambúrguer? “
Para minha surpresa, pouquíssimos…
Perguntei: Como assim não gostam de hambúrguer???
” Tia, nunca comi um, mas já sonhei que comia”
Respira, engole o choro e refletir é inevitável..algo tão simples para tantos, tão frequente para muitos que chega ser utópico acreditar que eles nunca comeram.
Esperei o dindim cair na conta rsrs e amanhã vamos fazer hambúrguer p toda turminha! Vou acordar e comprar o pão fresquinho. A nutri da creche autorizou e a diretora tbm. Infelizmente não tenho condições de comprar um mc lanche feliz para cada um, mas um pouquinho de alegria tenho certeza que conseguirei. Desculpa o textão. Bjos da FESSORA 😘😍”

Fotos: Ludmila Cruzal (Facebook).

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SINTED REALIZA V ENCONTRO DOS ADMINISTRATIVOS DA EDUCAÇÃO

SINTED REALIZA V ENCONTRO DOS ADMINISTRATIVOS DA EDUCAÇÃO 18

Durante o evento, foi realizada uma Assembleia Geral com os administrativos da Rede Municipal

No dia 5 de setembro, o SINTED (Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Três Lagoas e Selvíria) realizou o V Encontro dos Administrativos, onde foi reunido mais de 200 servidores administrativos de escolas municipais e estaduais de Três Lagoas. O evento contou com presença de importantes palestrantes, além do presidente da FETEMS (Federação dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, e o Secretário dos Funcionários Administrativos da FETEMS, Wilds Ovando.

Com início às 7h, duas palestras foram realizadas no período matutino e vespertino, sendo “Análise de Conjuntura e os Impactos dos Cortes na Educação”, ministrada pelo Professor e Doutor em Educação, Antônio Carlos do Nascimento Osório, e “Autoestima – Como Agente Refreador de Conflitos Pessoais e Interpessoais”, ministrada pela Psicopedagoga, Escritora e Missionária, Márcia Alves Doneda Fagundes.

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Membros da diretoria do SINTED com a diretoria da FETEMS.

O Encontro abordou vários temas importantes, como a valorização dos administrativos, resgate histórico de luta, além de tirar dúvidas em assuntos como a terceirização, Reestruturação de Carreira, Concurso Público – que a chamada deverá acontecer ainda em setembro – e política salarial.  Jaime ainda ressaltou a força que os trabalhadores possuem quando estão unidos e vão para as ruas, participando das mobilizações e greves.

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Diretoria do SINTED com o palestrante Professor e Doutor em Educação, Antônio Carlos do Nascimento Osório.

A presidente do SINTED, Maria Laura Castro dos Santos, explica que a realização do evento é fundamental para o avanço dos administrativos. “O Encontro tem o intuito de valorizar e abrir um espaço para os trabalhadores administrativos da educação para tirar dúvidas, orientar e ter um diálogo mais aberto com eles. Durante o evento, fizemos análises dos retrocessos que estamos vivendo, contribuindo com o conhecimento, que, na atual conjuntura, é nossa principal arma de luta”, finaliza.

ASSEMBLEIA GERAL

Durante o Encontro, no período vespertino, houve uma Assembleia Geral com os administrativos da Rede Municipal para falar sobre a jornada das seis horas de trabalho. Foi deliberado, por unanimidade, a entrega de uma carta, em nome dos administrativos, para o prefeito da cidade, Ângelo Guerreiro.

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Protocolização do Ofício da carta dos administrativos.

Logo após, foi formada uma Comissão para a entrega em mãos na prefeitura. Infelizmente o prefeito pediu para que avisasse que não poderia atender ao Sindicato e a comissão, porém a Secretária de Educação, Heliety Antiqueira, estava de saída e encontrou os trabalhadores na recepção da prefeitura. Heliety diz defender a jornada das seis horas, mas, somente para as administrativas atendentes, e ainda ressaltou que “o respeito e diálogo abrem as portas das oportunidades”.

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Trabalhadores da educação com a Secretária de Educação, Heliety Antiqueira.

A presidente Maria Laura pediu para que uma reunião fosse marcada, urgentemente, com o prefeito para falar sobre a jornada.  

Juntos somos mais fortes! O SINTED agradece e parabeniza todos os participantes desse grande e importante Encontro.